terça-feira, outubro 21, 2008

GP China: Hamilton vence em Xangai e se aproxima do título mundial. Decisão será em Interlagos

Correndo com muita disciplina, Lewis Hamilton confirmou todo seu favoritismo e venceu de forma incontestável o GP da China de Fórmula 1, 17ª e penúltima etapa do Mundial. Mais importante do que 5º triunfo na temporada foi o fato do inglês da McLaren ter se aproximado ainda mais de seu primeiro título mundial. Largando na pole position (a 7ª neste ano), Hamilton não teve trabalho para manter a dianteira e abrir distância volta a volta. Passadas as duas paradas para reabastecimento, o inglês apenas teve o trabalho de levar o carro até a bandeirada final. Surpreendente foi o fato da Ferrari não ter tido carro para sequer ameaçar Hamilton.

Kimi Raikkonen e Felipe Massa não ofereceram resistência alguma ao passeio do inglês. No final, visando a luta pelo título, o time italiano ainda fez uso de ordens internas para trocar posições. Massa recebeu o segundo posto de Kimi, que por sua vez, teve de se contentar com a terceira colocação, fechando o pódio. Apesar dos oito pontos somados na etapa de Xangai, ainda assim, a vida do brasileiro não é fácil. Massa alcançou seu objetivo de adiar a decisão do campeonato para a última etapa, o GP do Brasil, em Interlagos (SP). No entanto, agora, com sete pontos de desvantagem, sabe que além da necessidade de vencer e de contar com o apoio de Raikkonen, ainda terá de torcer por algum percalço de Hamilton ou mesmo que Renault e BMW Sauber tenham um bom desempenho para atrapalhar os carros da McLaren.

Nada é impossível, mas nesta altura do campeonato, uma questão é certa: a McLaren aprendeu a lição do ano passado e não vai deixar que Hamilton se envolva em disputas desnecessárias que possam ameaçar o título. Sem dúvida alguma, o inglês fará um treino normal, mas durante a prova em São Paulo, fará de tudo para somente ficar entre os cinco primeiros, condição esta que - independente da posição de Massa – já lhe garante o título.

Com tanta expectativa para a prova do Brasil, esta certamente terá mais emoção do que a corrida de Xangai. A penúltima prova do Mundial com certeza foi uma das mais monótonas do campeonato. Sem chuva ou qualquer outra situação que viesse a mudar o panorama da corrida, as posições se mantiveram quase que inalteradas do treino para as 56 voltas da prova. De destaque, Fernando Alonso teve mais uma boa prova, terminando na quarta posição, enquanto que Nelsinho Piquet também teve corrida consistente, chegando em oitavo. Tais resultados garantiram o quarto lugar da Renault no Mundial de Construtores deste ano, confirmando a evolução do time francês nas últimas etapas.

GP Japão: Hamilton e Massa "se estranham" e Alonso vence de novo

Uma corrida não se ganha na primeira curva, mas certamente se perde. Levando tal frase às últimas conseqüências, Lewis Hamilton jogou fora a chance de vencer novamente na F-1. Com uma largada ruim e ao mesmo tempo afoita em Fuji, no Japão, Hamilton não só atrapalhou a própria vida, como a de Felipe Massa, seu principal rival na luta pelo título. Passados os acontecimentos da primeira curva, Hamilton e Massa vieram a se encontrar novamente na segunda volta e se tocaram. Por motivos distintos, ambos receberam punições e ao fim, não conseguiram nada demais na prova. Massa terminou em sétimo, somando dois pontos, enquanto que Hamilton não passou da 12ª posição.

Diante de tamanha confusão, o GP do Japão se tornou quase que um “duelo” entre Robert Kubica e Fernando Alonso, que assumiram a liderança. O polonês da BMW manteve a dianteira até o primeiro pit stop. No entanto, ousando na estratégia, Alonso assumiu a ponta e teve competência de sobra para abrir vantagem no segundo pit stop e garantir a segunda vitória consecutiva na temporada e a 21ª da carreira. Kubica terminou na segunda posição e Kimi Raikkonen, ressurgindo com a Ferrari, fechou o pódio, em terceiro.

Prova de destaque fez Nelsinho Piquet. Largando em 12º, o brasileiro fez uso da estratégia para terminar numa excelente quarta posição, confirmando a evolução da Renault nas últimas provas. Já Rubens Barrichello não teve o que comemorar, diante da 13ª colocação com a Honda. Com o resultado da 16ª etapa do Mundial, Hamilton manteve a liderança, com 84 pontos, diante de 79 de Massa. Kubica aparece em terceiro com 72 pontos. Os três pilotos são os únicos que ainda mantém chances de título.

- Disputa “quente” pelo campeonato

Lewis Hamilton e Felipe Massa sempre afirmaram de “pés juntos” que nada poderia abalar a amizade e a boa relação que levam nos bastidores da F-1. No entanto, tudo parece ter sido esquecido após o polêmico toque que os dois pilotos protagonizaram no GP do Japão. A disputa pela quinta posição, na 2ª volta da prova, parece ter sido um divisor de águas. Massa foi duramente criticado por Hamilton, pela imprensa inglesa e pela equipe McLaren, que acusou o brasileiro de ter agido de caso pensado. Já pelos lados da Ferrari, Felipe foi sutilmente defendido pelos representantes do time italiano, que ao invés de alimentarem a polêmica entre os pilotos, preferiram focar todos os esforços nas duas provas que vão definir o mundial.

- Renault evolui e leva Alonso de volta às vitórias

No meio da temporada, Fernando Alonso já havia jogado “a toalha” com relação ao atual campeonato. Vitórias? Nem pensar. O espanhol nem imaginava que seria possível conquistar alguma corrida neste ano. Muito menos vencer duas provas e, ainda por cima, de forma consecutiva, como foi o caso dos triunfos em Cingapura e Japão. Alonso é um piloto diferenciado, que parece ter reencontrado a motivação e o caminho das vitórias. Além disso, nas últimas seis provas, o espanhol foi o piloto que mais somou pontos: 35 no total. O segundo que mais pontuou foi Lewis Hamilton, com 26. Aliado ao talento de Fernando é necessário se destacar a evolução da Renault. O time francês parece ter encontrado o acerto ideal para o carro deste ano, o modelo R28. Prova maior disso é que nas últimas seis provas, a equipe somou 43 pontos, perdendo a disputa somente para a McLaren, que no mesmo período anotou 49.

GP Cingapura: Ferrari erra com Massa e Alonso volta a vencer com a Renault

Da pole position ao pesadelo. Felipe Massa viveu um fim de semana de altos e baixos em Cingapura, palco da 15ª etapa do Mundial 2008 de Fórmula 1. Após conquistar uma pole merecida no sábado e de liderar a corrida até a volta 17, Massa viu naufragar as chances de assumir a liderança do campeonato quando fez sua primeira parada nos pits. As luzes que indicam o momento exato de saída do piloto dos boxes falharam e o brasileiro saiu com a mangueira de reabastecimento pendurada na Ferrari. Resultado: de líder, Massa caiu para uma inacreditável 18ª posição.

E os problemas não pararam por aí. Preso atrás de carros mais lentos, o piloto se viu sem ter o que fazer e ainda para completar, teve um pneu furado. No final, completou apenas em 13º, na primeira corrida noturna da história da categoria e sequer contou com a ajuda de Kimi Raikkonen, que abandonou após bater sozinho no muro.

Sorte mesmo teve Fernando Alonso. O bicampeão mundial reviveu seus grandes dias e com a Renault, conquistou sua primeira vitória no ano e a 20ª na carreira, justamente na corrida de número 800 da história da F-1. O piloto espanhol não escondeu a satisfação de voltar a vencer, ainda mais, numa prova especial como a de Cingapura. Comemorando como nos velhos tempos, Alonso dividiu os louros da vitória com o time, que não conquistava uma corrida desde o GP do Japão de 2006, também vencido por ele.

No entanto, para quem acha que a vitória em solo asiático vai alterar algo na decisão de Alonso para o próximo ano, pode tirar “o cavalo da chuva”. O espanhol, que ainda não definiu por onde correrá na próxima temporada, afirmou que a vitória em Marina Bay não influencia sua postura visando o campeonato de 2009. Nos bastidores e na imprensa mundial, comenta-se que o bicampeão já tem definida sua permanência por mais um ano na Renault, com a meta de se transferir para a Ferrari no início de 2010. Apesar da renovação do contrato de Raikkonen, rumores que circulam na categoria apontam que tal opção só foi feita pelo time italiano no intuito de que o finlandês ajude o companheiro Felipe Massa na luta pelo título deste ano.

Voltando ao pódio de Cingapura, o alemão Nico Rosberg obteve uma excelente segunda posição com a Williams e o inglês Lewis Hamilton, da McLaren, fechou em terceiro. Entre os demais brasileiros, Nelsinho Piquet (Renault) bateu contra o muro e abandonou, da mesma forma que Rubens Barrichello (Honda), vítima do motor.

Após a disputa da 15ª etapa, Hamilton soma agora 84 pontos, diante de 77 de Massa. São sete pontos de diferença e agora, o brasileiro passa a não depender apenas de seus resultados. Restando três provas para o término do campeonato e com 30 pontos em jogo, mesmo que Massa vença os GP’s do Japão, China e Brasil, ainda assim perde o campeonato, caso Hamilton seja segundo colocado em todas as provas. Mais do que nunca, fica claro a necessidade do brasileiro em contar com a ajuda de Raikkonen, para tirar pontos de Hamilton. É esperar para ver!

quinta-feira, outubro 16, 2008

GP Itália: Vettel dá show e vence em Monza

O alemão Sebastian Vettel escreveu de uma vez por todas seu nome na história do automobilismo mundial. Com uma atuação soberba, o jovem piloto conquistou de forma incontestável o GP da Itália de F-1, 14ª etapa do Mundial 2008. A bordo do carro da Toro Rosso, equipe que um dia foi a modesta e folclórica Minardi, Vettel não deu chances à concorrência. Partindo na pole position, o piloto ditou o ritmo durante as 53 voltas e com uma estratégia eficiente de paradas nos boxes, venceu pela primeira vez na carreira. De quebra, o pupilo de Gerhard Berger ainda se tornou o mais jovem vencedor da história da categoria, com 21 anos, 2 meses e 11 dias, derrubando a antiga marca de 22 anos e 26 dias, estabelecida por Fernando Alonso, em 2003.

Sem esboçar qualquer tipo de ameaça ao triunfo de Vettel, Heikki Kovalainen garantiu o segundo lugar com a McLaren, sendo seguido pelo polonês Robert Kubica, que voltando a ter uma boa atuação, terminou em terceiro com a BMW Sauber. Destaques da prova, Alonso e Nick Heidfeld fizeram boas provas de recuperação. O espanhol da Renault fez uso de boa estratégia e após arriscar com pneus intermediários, garantiu o quarto posto, logo a frente de Nick, que com a BMW, foi o quinto.

Diante de um fim de semana turbulento, devido à instabilidade do tempo, Felipe Massa saiu de Monza no lucro. Após um treino classificatório difícil, em que garantiu somente a 6º posição no grid, o brasileiro teve prova cheia de alternativas. No final, após uma dura luta contra Lewis Hamilton, Massa garantiu o sexto posto. Já o inglês teve grande atuação. Largando em 15º, escalou o pelotão e só não foi além porque a chuva parou e obrigou o piloto da McLaren a fazer uma segunda parada, não programada. Lewis deu-se por satisfeito com a sétima posição.

Mesma sorte não teve Kimi Raikkonen. Necessitando de um bom resultado a todo custo, o atual campeão sofreu no pelotão de trás do grid. Apenas quando a pista secou é que Kimi melhorou seu desempenho, mas já era tarde. No final, o finlandês não foi além da 9ª posição, o que certamente lhe tirou da luta pelo campeonato. Restando quatro etapas para o término do Mundial, Massa conseguiu diminuir sua desvantagem em relação a Hamilton. O brasileiro soma 77 pontos, diante de 78 de Lewis. Já Raikkonen é apenas o quarto com 57, atrás até mesmo de Kubica, que com o pódio na Itália, soma 64 pontos.

Entre os demais brasileiros em Monza, Nelsinho Piquet foi o 10º colocado com a Renault e Rubens Barrichello não passou da 17ª colocação com a Honda. A Fórmula 1 volta dentro de suas semanas, com o GP de Cingapura, a primeira prova noturna da história da categoria.

quarta-feira, outubro 15, 2008

GP Bélgica: Hamilton é punido e Massa "herda" vitória em Spa-Francorschamps

O GP da Bélgica de F-1 transcorria de forma tranqüila e sem grandes disputas. Isso até que a chuva tratou de aparecer a três voltas do fim, mudando toda a história da prova. Num duelo acirrado, Lewis Hamilton e Kimi Raikkonen tocaram rodas e protagonizaram uma disputa pela liderança que há muito tempo não se via. No final, a pista úmida de Spa-Framcorschaps tirou Raikkonen da disputa e entregou a vitória nas mãos de Hamilton.

O que o inglês não imaginava é que seu triunfo duraria apenas três horas. Após analisar as imagens da disputa com Raikkonen, os fiscais de pista decidiram punir Hamilton em 25s, por ter atravessado uma chicane durante a luta pela primeira posição. Com tal tempo acrescido, o inglês caiu para a terceira posição e o brasileiro Felipe Massa foi promovido ao primeiro posto, garantindo a quinta vitória na temporada.

Nick Heidfeld, da BMW, também foi beneficiado, subindo para a segunda posição. Com o resultado final, Massa encostou no líder Hamilton. Agora, o brasileiro da Ferrari soma 74 pontos diante de 76 do inglês da McLaren, restando cinco etapas para o fim do Mundial. Entre os demais brasileiros em Spa, Nelsinho Piquet e Rubens Barrichello abandonaram.

Na corrida deste domingo, importante destacar algumas atuações. Com a Renault - um carro longe de ser fantástico - Fernando Alonso confirmou que é o mesmo piloto de anos anteriores. Seguro e veloz, o espanhol garantiu o quarto lugar, mas teria condições de subir ao pódio não fosse a estratégia de trocar pneus no final da corrida. Mesma tática, aliás, que jogou Heidfeld da sétima para a terceira posição (subindo depois para o segundo posto).

Entre as equipes, destaque especial para a Toro Rosso. Um time pequeno, sem o mesmo orçamento da matriz Red Bull, mas que colocou seus dois carros na zona de pontos. Um feito memorável. Sebastian Vettel já mostrou que tem talento acima da média e que terá todo o tempo do mundo para brilhar. Já Bourdais fazia sua melhor corrida na categoria, até que a chuva atrapalhou. Mesmo assim, mostrou serviço e pode ter garantido sua vaga ao menos até o fim do ano. A Fórmula 1 volta no próximo domingo, com o GP da Itália, em Monza.

GP Europa: Felipe Massa domina em Valência e segue na luta pelo título

Pole, vitória e melhor volta. Foi assim, em grande estilo, que Felipe Massa teve sua merecida redenção e voltou a sonhar com o título mundial de F-1. Na estréia da categoria no fantástico circuito de rua de Valência, na Espanha, Massa não deu chances para ninguém. Com uma pole position incontestável, largou na frente e logo na primeira curva mostrou que não seria ameaçado pela concorrência. Abrindo distância volta a volta, o brasileiro pode controlar com tranqüilidade a corrida.

O resultado final foi uma convincente vitória no GP da Europa, a quarta na temporada e a nona na carreira, que o recoloca de vez na luta pelo título. Após o traumático abandono no GP da Hungria, o resultado era essencial para manter vivas as chances de disputa do campeonato. O inglês Lewis Hamilton foi o segundo colocado e com o resultado, manteve a liderança do Mundial, com 70 pontos, diante de 64 de Massa. O primeiro pódio da história de Valência ainda foi completado pelo polonês Robert Kubica, que com a BMW Sauber, terminou na terceira posição.

Quem teve dia para ser esquecido foi Kimi Raikkonen. Vivendo fase difícil, o atual campeão fez prova conturbada e, após atropelar um mecânico da Ferrari nos boxes, ainda abandonou a prova, vítima da quebra do motor. A equipe italiana divulgou nota explicando que a causa do estouro foi a quebra de uma biela, do mesmo lote que causou o abandono de Massa, em Hungaroring.

Correndo em casa, Fernando Alonso também decepcionou os mais de 100 mil torcedores ao abandonar ainda na primeira volta, vítima de um toque na traseira do japonês Kazuki Nakajima, da Williams. Entre os demais brasileiros, resultados discretos. Nelsinho Piquet (Renault) fez prova regular e fechou em 11º, enquanto que Rubens Barrichello (Honda) não passou da 16ª posição. As equipes da Fórmula 1 agora encaram uma semana de testes coletivos no circuito de Monza. Depois, disputam no dia 07 de setembro o GP da Bélgica e na seqüência, voltam para Monza, no GP da Itália.

GP Hungria: Massa quebra no fim e vitória caiu "no colo" de Kovalainen

Felipe Massa foi perfeito desde a largada, quando por fora do traçado, realizou a mais bela ultrapassagem da atual temporada. Depois de abrir uma vantagem superior a cinco segundos sobre o inglês Lewis Hamilton (então pole position), o brasileiro ainda viu o rival ter um pneu furado. Tranqüilo e até reduzindo o giro do motor, Massa rumava para a 9ª vitória na carreira, a 4º no ano e para a liderança do Mundial, justamente com um triunfo no travado circuito de Hungaroring. No entanto, eis que o motor Ferrari resolveu abrir o bico a três voltas da bandeirada. Fim de prova para o brasileiro, que desolado, sequer conteve as lágrimas, por ver uma corrida praticamente ganha lhe escapar de tal forma.

Quem se deu bem foi Heikki Kovalainen. Já acomodado na segunda posição, o finlandês viu sua primeira vitória na F-1 cair no colo. Kovalainen ainda se tornou o 100º piloto diferente a vencer uma corrida na história do Mundial de Fórmula 1. Com uma grande atuação, o alemão Timo Glock conquistou um merecido segundo lugar com a Toyota, subindo pela primeira vez no pódio. Numa corrida tão cheia de surpresas e alternativas, até mesmo o apagado Kimi Raikkonen salvou um inesperado terceiro lugar.

Dando mostras de uma evolução da Renault no campeonato, o espanhol Fernando Alonso foi o quarto colocado e o brasileiro Nelsinho Piquet, fazendo excelente corrida, voltou a somar pontos, ao completar na sexta posição. Chegando exatamente entre os pilotos do time francês – quinta posição - Lewis Hamilton ampliou a sua vantagem no Mundial de Pilotos. Após 11 etapas disputadas, o piloto da McLaren lidera com 62 pontos, diante de 57 de Raikkonen e 54 de Massa.

O campeonato ainda está longe de ser definido. Com sete provas a serem disputadas, a Ferrari tem chances de se recuperar em corridas em que costuma ir bem, como Bélgica, Itália, China e Japão. Com as férias de três semanas da categoria, equipes e pilotos terão tempo de sobra para reavaliar forças e se preparar para a fase final do campeonato, que começa com uma corrida de rua, o GP de Valência, no dia 24 de agosto.

GP Alemanha: Imbatível, Hamilton vence e reassume a ponta. Nelsinho sobe ao pódio

O que parecia barbada nos treinos se tornou realidade na corrida e Lewis Hamilton venceu mais uma vez na F-1. O GP da Alemanha, 10ª etapa do Mundial, disputada em Hockenheim, não foi recheada de emoções. No entanto, serviu para mostrar que a McLaren, no atual momento do campeonato, dispõe de um carro superior ao da Ferrari. Prova disso é que enquanto Hamilton venceu com sobras, Felipe Massa lutou para chegar em terceiro e o atual campeão Kimi Raikkonen não passou da sexta posição.

Quem teve motivos de sobra para festejar foi Nelsinho Piquet. Beneficiado pela entrada do safety-car devido à batida de Timo Glock, Nelsinho foi para frente no grid por ter uma estratégia de apenas uma parada nos boxes. O que parecia arriscado deu certo. O brasileiro da Renault pulou para o pelotão da frente e mantendo o ritmo dos ponteiros, chegou até mesmo a liderar a prova. Só perdeu a dianteira para Hamilton, mas garantiu a segunda posição e o primeiro pódio na F-1.

Além disso, o pódio com Nelsinho e Massa reeditou algo que o Brasil não alcançava há 17 anos, quando na temporada de 1991, Ayrton Senna e Nelson Piquet dividiram as atenções no pódio por duas vezes na temporada. Voltando ao GP da Alemanha, Rubens Barrichello, que vinha de uma excelente atuação no GP da Inglaterra (quanto também subiu ao pódio) não teve sorte e após ser “atropelado” pelo quase aposentado David Coulthard, abandonou a prova.

Com a quarta vitória no ano, Lewis Hamilton assumiu a liderança do campeonato, com 58 pontos, diante de 54 do agora vice-líder Felipe Massa. Raikkonen é o terceiro com 51 e distante, mas ainda na briga, Robert Kubica soma 48 pontos.

domingo, outubro 05, 2008

GP Inglaterra: Um verdadeiro show de Hamilton

Mais uma vez Lewis Hamilton confirmou seu talento acima da média. Questionado pela imprensa mundial, que o rotulou como um piloto “intempestivo” e “agressivo além dos limites”, Lewis prometeu que venceria o GP da Inglaterra e se recuperaria das últimas corridas (Canadá e França), em que teve atuações pífias e abaixo da crítica. Pois bem. Se no treino classificatório Hamilton voltou a cometer erros – chegando a ser criticado pelo próprio engenheiro – na corrida a história foi outra. Com pista úmida, o inglês fez uma largada fantástica, pulando do quarto para o segundo lugar. Na verdade, Lewis só não assumiu a ponta porque quase bateu com o companheiro de equipe e pole position Heikki Kovalainen, que manteve a dianteira. Mas bastaram cinco voltas para que Hamilton já estivesse à frente dos rivais, sem ver ameaças para um novo triunfo.

A Ferrari, que não foi bem nos treinos, se recuperou durante a prova, principalmente com Kimi Raikkonen. No entanto, o time vermelho exagerou nos erros de estratégia. Enquanto Hamilton substitui os pneus intermediários, o time italiano manteve os compostos nos carros de Raikkonen e Massa. O resultado não poderia ter sido pior. Um festival de rodadas. Só o piloto brasileiro foi protagonista de cinco. Isso mesmo, cinco rodadas. No final, Massa foi apenas o 13º e último colocado entre os que completaram a prova. Para Kimi, a situação foi melhor. Apesar de duas rodadas durante a prova, o atual campeão se recuperou e ainda garantiu um quarto lugar.

Na frente, Hamilton caminhou tranqüilo para a 3ª vitória no ano, sendo seguido pelo também eficiente Nick Heidfeld, que com a BMW Sauber, conquistou o segundo lugar. No entanto, em toda a prova, ninguém se destacou como Rubens Barrichello. O brasileiro, que largou apenas na 16ª posição, fez uma prova impecável. Ousando na estratégia, a equipe Honda – capitaneada por Ross Brawn – optou pelos pneus de chuva extrema, enquanto todos os demais usavam os intermediários.

A aposta deu certo e com a vantagem proporcionada pelos compostos, Rubinho literalmente “escalou” o grid até alcançar o terceiro lugar, algo inimaginável para quem pilota um carro lento como o da Honda. Mantida a posição, Barrichello comemorou como nunca o seu retorno ao pódio, após três anos de jejum. A última vez que o brasileiro havia estado entre os três primeiros colocados foi no GP dos EUA de 2005, em Indianápolis, quando ainda corria pela Ferrari. Destaque especial na prova também para Nelsinho Piquet. Andando sempre próximo do companheiro Fernando Alonso durante o fim de semana em Silverstone, o brasileiro chegou a ocupar a quarta posição, mas foi vítima da pista molhada e após rodar sozinho, abandonou a corrida. A Fórmula 1 volta no dia 20 de Julho, com o GP da Alemanha, a 10ª etapa do Mundial, no tradicional circuito de Hockenheim.

sexta-feira, outubro 03, 2008

GP França: Massa vence e lidera o Mundial

O circuito de Magny-Cours sempre foi favorável aos carros da Ferrari e diante de tal prerrogativa, a idéia geral é que a vitória no GP da França ficaria entre os pilotos do time vermelho, salvo alguma surpresa. Com Kimi Raikkonen na pole e Felipe Massa na segunda posição, tudo rumava para um desfile sem adversários à altura. E durante as 70 voltas da prova, a corrida realmente se tornou um duelo entre companheiros de equipe. Kimi rumava para a vitória até que um problema no escapamento reduziu o desempenho de seu carro, abrindo passagem para Massa. Contando com a sorte e mantendo uma pilotagem segura, o brasileiro chegou à 8ª vitória na carreira e a 3ª na atual temporada.

E o melhor de tudo ainda estava por vir. Com a vitória, Massa passa a liderar pela primeira vez o Campeonato Mundial de Pilotos, algo que um brasileiro não conseguia há 15 anos, desde os tempos de Ayrton Senna, ainda correndo pela McLaren. Tal feito de Massa foi possível graças à segunda posição de Raikkonen, o quinto lugar do polonês Robert Kubica e apenas o 10º lugar de Lewis Hamilton, todos eles candidatos ao título. Numa prova histórica para o Brasil, Nelsinho Piquet tratou de conquistar seus primeiros pontos na categoria, ao terminar na sétima posição com a Renault, após belo duelo com o companheiro Fernando Alonso. Já Rubens Barrichello, largando da última posição, não teve muito a fazer com a Honda e concluiu em 14º.

* Massa rumo ao título?

Certamente ainda falta muita coisa para acontecer no Campeonato. Afinal de contas, das 18 etapas programadas, a etapa da França foi apenas a 8ª. O Mundial deste ano não apresenta o domínio disparado de nenhum piloto. Basta olhar para a distribuição de vitórias. Massa venceu três corridas, Raikkonen e Hamilton duas cada um e Kubica ainda levou uma. Os quatro pilotos concentram a disputa pelo título. No entanto, a Ferrari se mostra superior aos adversários e a seqüência de pistas tende a beneficiar o time italiano.

Depois da etapa em Magny-Cours, a F-1 vai para Silverstone (Inglaterra), e segue na Alemanha, Hungria, Valência, Bélgica e Itália, pistas que pelo retrospecto, favorecem a Scuderia de Maranello. É esperar para ver. Massa mudou a forma de ver o campeonato. Parece muito mais focado e está ciente de que ainda existe muita coisa para acontecer. No entanto, o mais importante ele vem fazendo: ter regularidade. Piloto campeão é aquele que soma pontos sempre. Apesar de não pontuar nas duas primeiras provas do ano o piloto não só se recuperou como somou pontos nas seis provas seguintes, vencendo três delas. Uma campanha digna de elogios.

GP Canadá: Kubica "sobrevive" às barbeiragens e vence pela 1ª vez

Nascido na Cracóvia, terra do papa João Paulo II, Robert Kubica dizia no sábado antes da corrida que apenas com um milagre poderia chegar à vitória no GP do Canadá. No entanto, foi com uma grande dose de competência que o polonês passou ileso à confusa prova no circuito Gilles Villeneuve e conquistou a primeira vitória de sua carreira. Largando em segundo, Kubica sabia que a BMW tinha carro para figurar no pódio, mas nada próximo da vitória. Uma rodada de Adrian Sutil nas voltas iniciais gerou um safety-car fora de hora, que resultou numa batalha dentro dos boxes. Afoito, o então líder Lewis Hamilton simplesmente atropelou Kimi Raikkonen e de quebra, levou Nico Rosberg, dando novos rumos para a corrida.

Alheio aos problemas dos rivais - que abandonaram a disputa - Kubica tratou de acelerar, abrir vantagem, para ao fim de 70 voltas se tornar o primeiro polonês a vencer na F-1. A BMW, que garantiu a primeira vitória de sua recente história (disputou apenas o seu 42º GP na categoria) teve mais motivos para comemorar, já que o alemão Nick Heidfeld completou a dobradinha do time, com a segunda posição. O valente David Coulthard conquistou um inesperado terceiro lugar, fechando o pódio com a Red Bull.

Entre os brasileiros, Felipe Massa foi o grande destaque, chegando na quinta posição após fazer belíssima corrida de recuperação. Rubens Barrichello também teve seu brilho, ao liderar sete voltas da corrida, devido a uma estratégia diferenciada de pit stops. No final, o piloto da Honda terminou na sétima posição, somando mais dois pontos no campeonato. Por fim, Nelsinho Piquet teve problemas de freios e novamente abandonou com a Renault. No campeonato, Kubica passa a ser o novo líder, com 42 pontos. Hamilton e Massa dividem o 2º lugar, cada um somando 38 pontos.

GP Mônaco: Hamilton domina ruas do Principado e lidera o Mundial após 6 etapas

Mônaco possibilita certas situações bastante particulares. Em poucas pistas – ou quase nenhuma – o piloto pode se dar ao luxo de bater no guard-rail, parar nos boxes, mudar a estratégia e ainda assim se recuperar e vencer com autoridade. Pois foi exatamente o que fez Lewis Hamilton. O inglês da McLaren teve um fim de semana de altos e baixos. Após ser o mais rápido nos treinos livres, Hamilton teve algumas dificuldades no treino classificatório e obteve o 3º tempo. No início da prova, pulou para segundo e lá se manteve, até que a chuva se tornou mais intensa. Foi quando Lewis errou na curva que antecede o trecho do S da piscina em Monte Carlo. Com um pneu furado e se arrastando pela pista, o piloto voltou aos boxes e mudou a estratégia de pits. Com um ritmo alucinante e uma pilotagem impecável, Hamilton foi subindo na classificação até que assumiu a ponta e não deu mais chances para Felipe Massa e Robert Kubica, seus únicos rivais na luta pela vitória.

Massa era líder quando errou na Saint Devote, passou reto e perdeu a ponta para Kubica. Depois - atrapalhado pela estratégia de pits da Ferrari - não conseguiu recuperar as posições e teve de se contentar com o terceiro lugar. Ao fim da prova, o brasileiro afirmou que teve uma discussão séria com a equipe durante a corrida e admitiu que a idéia inicial era de fazer apenas uma parada e não duas, como acabou acontecendo. Kubica andou forte com a BMW durante toda a prova e tinha reais chances de vencer, não fosse a estratégia certeira de Hamilton. Ainda assim, o polonês foi o segundo colocado, conquistando o 3º pódio na temporada.
No entanto, o grande vencedor do dia foi mesmo Hamilton. Vencedor da etapa de Mônaco pelas categorias de acesso à Fórmula 1 – F-3 Européia e GP2 – o inglês não digeriu bem a segunda posição obtida no ano passado, quando já estava na F-1. Na ocasião, Hamilton era o 2º colocado, diante da liderança do companheiro de McLaren Fernando Alonso. Mais rápido na parte final da prova, Lewis foi proibido pela equipe de atacar Alonso e mostrou indignação com o resultado final. Na corrida deste ano, no entanto, a história foi diferente. A vitória veio, de forma incontestável e ainda acompanhada de outro ponto: o campeonato.

Com a segunda vitória no ano, Lewis assumiu a liderança do Mundial com 38 pontos, diante de 35 do finlandês Kimi Raikkonen (que foi apenas 9º nas ruas do Principado) e de 34 de Massa. Kubica é o quarto, com 32 pontos.

GP Turquia: Massa volta a reinar em Istambul

Agora, são três vitórias e mais três poles, todas as conquistas de forma consecutiva. E Felipe Massa aos poucos, vai se tornando o novo rei da Fórmula 1, ao menos quando o assunto diz respeito ao circuito de Istambul, palco do GP da Turquia. A exemplo do que aconteceu durante todo o fim de semana, Massa não deu chances aos rivais. No meio da prova, é bem verdade que Lewis Hamilton chegou a ameaçar o triunfo do brasileiro. No entanto, com uma estratégia sem riscos e uma pilotagem madura, Massa soube conter os avanços do britânico da McLaren e garantiu a sétima vitória da carreira, a segunda na atual temporada.

Já Hamilton, que ousou na estratégia ao fazer três paradas, diante de dois pit stops dos rivais, conseguiu um heróico segundo lugar, seguido de perto pelo atual campeão e ainda líder do campeonato Kimi Raikkonen, o terceiro colocado. O sempre veloz Robert Kubica levou a BMW novamente ao quarto lugar, da mesma forma que o companheiro Nick Heidfeld, o quinto colocado.

Confirmando a evolução da Renault, o espanhol Fernando Alonso fechou os seis primeiros, voltando a somar pontos. O resultado do bicampeão do mundo gerou uma pressão ainda maior para o brasileiro Nelsinho Piquet, apenas o 15º colocado. Ao ver Alonso somar pontos pela 3ª vez no ano, a cúpula da Renault já exige resultados de Nelsinho e aguarda por uma reação o mais breve possível. Com 257 corridas disputadas, Rubens Barrichello não teve muito a comemorar ao completar a prova apenas na 14ª posição. O piloto, que passou a ser dono do recorde de participações na categoria, não gostou do rendimento do carro da Honda e espera por melhor sorte no GP de Mônaco, onde o modelo RA 108 promete render melhor.

quinta-feira, outubro 02, 2008

GP Espanha: Raikkonen vence na Catalunha e dispara na liderança

Kimi Raikkonen não teve adversários durante todo o fim de semana e de forma incontestável, venceu o GP da Espanha de F-1, a 4ª etapa do Mundial 2008 da categoria. Largando na pole position, o atual campeão do mundo não teve dificuldades para se manter à frente e em nenhum momento teve sua segunda vitória no ano ameaçada. Terceiro colocado no grid, Felipe Massa precisou de apenas 50m para superar o ídolo local Fernando Alonso (Renault) e contornar a primeira curva já na segunda posição.

Daí em diante, bastou ao brasileiro administrar a vantagem e guiar sem grandes problemas rumo a mais uma dobradinha (a segunda do ano) do time de Maranello. Para Alonso, a corrida “em casa” deixou um gosto amargo. Após uma tomada de tempo fantástica, em que colocou o carro da Renault na segunda posição, o bicampeão decepcionou os mais de 130 mil torcedores ao abandonar na metade da prova, vítima da quebra do motor.

Após fracas atuações nas últimas provas, Lewis Hamilton voltou a brilhar e subiu ao pódio na 3ª posição, sendo seguido de perto pelo polonês Robert Kubica, da BMW, o quarto colocado. Numa corrida de poucas disputas e emoções, o momento de maior apreensão ficou por conta da forte batida do finlandês Heikki Kovalainen contra a barreira de pneus. O piloto da McLaren viu seu pneu dianteiro esquerdo estourar e deixá-lo como passageiro a 220km/h. Kovalainen foi levado de helicóptero para o Hospital Geral da Catalunha, onde passou um dia sob observação e foi liberado após a realização de exames. Agora, o piloto busca estar bem preparado para os exames que serão realizados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e que vão definir a sua participação ou não no GP da Turquia.

Entre os brasileiros na pista, decepção. Após largar na 10ª posição, classificando-se pela primeira vez para a fase de superpole do treino classificatório, Nelsinho Piquet escapou da pista logo na segunda volta e abandonou poucos giros mais tarde após batida com o francês Sebástien Bourdais (Toro Rosso). Da mesma forma, Rubens Barrichello teve um treino satisfatório (partiu em 11º), vinha bem na corrida até que se envolveu em um toque nos boxes com Giancarlo Fisichella (Force India). Os danos no carro provocaram o abandono do piloto da Honda.