terça-feira, outubro 31, 2006

Coluna PIT STOP: Um título mais do que merecido

Foram 18 corridas de muitas disputas, milhares de quilômetros rodados nas pistas do mundo todo e ao fim do GP Brasil, eis que Fernando Alonso coroou um ano de altos e baixos com o a conquista do segundo título mundial. Com a segunda posição na etapa de Interlagos, diante da vitória de Felipe Massa, o espanhol da Renault não apenas carimbou a segunda taça de pilotos como confirmou aquilo que todos já sabiam: é o melhor piloto da nova geração e foi um dos poucos que conseguiu derrotar o mito Michael Schumacher, mesmo quando não dispunha do melhor equipamento.

Com sete vitórias, além de sete segundos lugares e outras seis pole positions, Alonso mostrou ao mundo que um título não se faz apenas de triunfos, mas também, de regularidade. O piloto da Renault mostrou que contando com um carro competitivo, é quase imbatível, e quando conta com um carro aquém das expectativas, ainda assim consegue resultados expressivos. Foi muito na base do talento que Alonso levou o título de 2006, e de forma merecida. Depois de uma primeira metade de campeonato tão vitoriosa, seria quase injusto que o Mundial não ficasse nas mãos do espanhol, diante de uma ameaça progressiva de Schumacher. Mas os deuses do esporte trataram de colocar as "coisas nos eixos", e até mesmo um motor Ferrari que não quebrava há seis anos acabou por ajudar o triunfo de Alonso e da Renault, em uma fase em que o time francês já era inferior a Ferrari.

Em 2007, o espanhol terá desafios ainda maiores do que os enfrentados até aqui. Após duas temporadas memoráveis pela Renault, Fernando ingressará na McLaren sabendo de sua importância e de toda a confiança que os ingleses depositam sobre seu trabalho. Vencer logo de cara não será nada fácil e o próprio piloto sabe das dificuldades que enfrentará. No entanto, para quem derrotou Kimi Raikkonen e Michael Schumacher nos dois últimos anos, nada melhor do que um obstáculo a mais a ser deixado para trás. Essa é a esperança dos fanáticos torcedores espanhós e de Alonso, que vislumbra com o tricampeonato, na luta de igualar o ídolo maior Ayrton Senna.

terça-feira, outubro 24, 2006

F-1: Imprensa espanhola comemora e rasga elogios ao bicampeão Fernando Alonso

A imprensa espanhola tem por característica um jornalismo vibrante, criativo, mas recheado de ufanismo. E na cobertura final do Mundial 2006 da Fórmula 1, nossos amigos não fugiram à regra. Após estamparem em suas páginas que o campeonato parecia fadado a sair das mãos de Alonso, devido à medidas para lá de duvidosas (leia-se Ferrari e Schumacher), eis que tablóides esportivos como o "Marca" e o "AS" trataram de lavar a alma dos espanhós ao trazerem a arrancada de Fernandinho no Japão e na etapa derradeira, em Interlagos. Alonso foi tratado como "herói", "um mago que vence mesmo diante das dificuldades", que " tem a chave para o sucesso" e fez uso de "exibições memoráveis para manter o título". E é claro que não poderia ser diferente: ambos os jornais já apontam que 2007 continuará sendo um ano de vitórias para o espanhol, só que guiando por um novo time, a McLaren.

F-1: Na despedida de Schumacher, Massa vence o GP Brasil e Alonso conquista o bicampeonato

Vibração, Vitória e Despedida. Três palavras distintas, mas que se uniram de uma forma mais do que “harmônica” para fazer do Gp Brasil de Fórmula 1, uma das melhores e mais emocionantes provas da história da categoria. Vestido com a sua “farda” verde e amarela, Felipe Massa encarnou em Interlagos o espírito do “brasileiro vencedor”. Largando na pole position, o então “escudeiro” de Michael Schumacher vislumbrou a possibilidade de vencer “em casa”. Também, não poderia ser diferente.
Após uma reação fantástica no campeonato, Schumacher viu a sorte – sua velha e fiel escudeira – lhe virar as costas no momento decisivo da temporada. Após problemas nos treinos, o alemão teve um pneu furado logo na terceira volta da corrida, o que pôs fim a qualquer chance de vitória ou título. Melhor para Massa, que sem a necessidade de fazer qualquer tipo de jogo de equipe pró-Schumacher, passou a pensar única e exclusivamente em realizar o sonho de qualquer piloto: vencer uma corrida em seu país de origem.
Diante de tal ponto, a euforia passou a ser a maior adversária do brasileiro em seu caminho rumo a segunda vitória da carreira. A cada passagem na reta principal, o piloto tentava controlar os sentimentos que afloravam em sua mente, principalmente, ao lembrar de seu início no kart e de todas as dificuldades que enfrentou nas categorias de fórmula. Ao fim das 71 voltas, Interlagos conheceu o seu mais novo postulante a ídolo do automobilismo. Ao vencer a última etapa do Mundial 2006, Massa quebrou um jejum que já durava 13 anos sem vitórias de brasileiros em Interlagos, e para melhorar, ainda se tornou o quinto representante do país a alcançar tal façanha (junto de nomes como Fittipaldi, Pace, Piquet e Senna). Feliz, agitado e eufórico, Massinha tinha motivos de sobra para comemorar o triunfo e também teve classe ao dividir os louros do fim de semana com outro vencedor.

Após Massa cruzar a linha de chegada, o espanhol Fernando Alonso levou vinte segundos para comemorar o bicampeonato Mundial. Fazendo uso de sua regularidade – que já lhe havia dado o campeonato do ano passado – Alonso chegou em São Paulo necessitando apenas de um oitavo lugar. No entanto, ao fim do GP, conseguiu muito mais. O “príncipe das Astúrias” chegou em segundo lugar e teve motivos de sobra para festejar com sua equipe. Afinal de contas, com o resultado, o espanhol ainda ajudou a Renault a levar o bicampeonato entre os Construtores.

Para a Ferrari, além de vibrar com Massa e de ver o título ficar Alonso, uma despedida mexeu com os brios do time italiano. Mesmo com todos os problemas do fim de semana, Schumacher guiou como nunca. Em uma atuação soberba, o alemão não se despediu das pistas como todos imaginavam – vencendo - mas não deixou de levar seus milhares de fãs à loucura. Após estar na 18ª posição, o maior piloto de todos os tempos concluiu a prova na quarta colocação, após abusar de ultrapassagens mais do que arrojadas. Encerrou-se ali, fora do pódio, a carreira de um dos maiores ícones do esporte mundial. Detentor de todos os recordes da categoria, Schumacher se aposenta das pistas no auge. Perder o título para Alonso certamente não foi o que mais entristeceu os fãs de todo o mundo. Pior mesmo foi pensar que o gênio que deu show na última década não estará alinhando no grid para abertura do Mundial 2007.

F-1: Bastidores sobre o GP Brasil

GP Brasil é uma oportunidade única na temporada de Fórmula 1 de se acompanhar de perto tudo o que rola de melhor neste mundo tão complexo e muitas vezes indecifrável que envolve a categoria. Em um ponto Interlagos tem algo de bom: quem tem acesso às áreas como a do Paddock pode zanzar para tantas lugares e observar uma quantidade tão interminável de pontos que o que acontece nas pistas às vezes fica até em segundo plano. Os bastidores dão o "molho" tão necessário à categoria e é nele que muitas das transações ou parcerias são tão bem explicadadas. Mas chega de falar sobre o paddock e vamos dar uns pitacos sobre o que pude captar em Interlagos:
- Juan Pablo Montoya abandonou o mundo da Fórmula 1 em julho, mas a quantidade de colombianos presente em Interlagos chega a surpreender. Convidados da Mercedes Brasil, eles não tinham o mesmo clima de emplogação do ano passado (quando o ídolo ainda estava nas pistas) mas o jeito é o mesmo: irreverentes, espontâneos e malucos pela categoria.
- Na área de entrada para os boxes, Fernando Alonso e Michael Schumacher montaram um verdadeiro esquema para poderem driblar a imprensa. Na verdade, não deu muito certo. Ambos fortam cercado de maneira impiedosa. No entanto, experientes com o assédio, logo se livraram. Alonso (saindo de um Megané na companhia da noiva Raquel) mal olhou para os lados e Schumacher (que chegou em um Dobló acompanhado por Luca Badoer e a mulher Corinna) foi um pouco mais simpático, entrando rapidamente na área destinada a pilotos, convidados e jornalistas.
- Um destaque especial para a imprensa e a torcida espanhola, presentes em peso no autódromo. Para todos os lados que se olhava, via-se bandeiras das Astúrias, de onde veio Alonso. Os espahóis são malucos por velocidade. Sempre foram bons nas motos e Alonso ajudou a popularizar o esporte a quatro rodas. A TV5 (espécie de TV estatal da Espanha) manteve um link ao vivo no autódromo e entravam de hora em hora para informar todos os passos dos pilotos espanhóis (Alonso e Pedro de la Rosa).
- Os ex-pilotos marcaram presença em Interlagos. Além dos tradicionais Keke Rosberg (que segue o filho Nico, piloto da Williams) e Niki Lauda (que é uma espécie de convidado de honra), estiveram no circuito paulistano o francês Jacques Laffite (hoje comentarista de uma TV Francesa), o finlandês Mika Hakkinen (piloto do Campeonato Alemão de Turismo), além dos brasileiros Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
- Figurinhas fáceis no fim de semana foram Nelsinho Piquet e Bruno Senna. Nelsinho, piloto de testes da Renault, acompanhou o GP como membro do time francês e esteve andando pra lá e pra cá, concedendo entrevistas a todo instante. Um pouco mais apagado, Bruno circulou tranquilo no paddock. Sem a mesma fama de Piquet, o herdeiro de Senna esteve sempre na companhia da irmã Bianca e em alguns momentos da mãe Viviane.

quinta-feira, outubro 19, 2006

F-1: O passeio da Red Bull pelas ruas de São Paulo

A entrada da Red Bull na Fórmula 1 em 2005 proporcionou certas mudanças na categoria, sobretudo, no que diz respeito ao marketing. O time do milionário Dietrich Mateschitz ainda não acertou "a mão" na hora de fazer um bom carro, mas em matéria de "business", ninguém bate a equipe das latinhas de energéticos. Após atrair as mais belas modelos por todos os circuitos do mundo, e de promover as mais interessantes estratégias dentro das pistas, a equipe fez nesta quinta-feira algo que nunca se viu no Brasil. Pela primeira vez na história, um carro de Fórmula 1 "andou" pelas ruas de São Paulo. Foram pouco mais de sete quilômetros, em três minutos, sob uma garoa intensa na capital paulista. Pode parecer pouco, mas já foi algo fantástico. Vi o vídeo distribuído pela equipe (disponível em qualquer site de informações) e achei o máximo, uma das coisas mais legais que já vi em termos de promoção do GP Brasil. Imagens on board, aéreas, com um milhão de câmeras por todo o traçado dão a exata noção do que seria guiar um carro de tais proporções em um percurso como o escolhido.

A atuação do alemão Michael Ammermuller nem contou tanto. O terceiro piloto da equipe guiou tranquilo, uma vez que com a chuva, ele não iria mesmo usar tudo do equipamento. No entanto, o legal mesmo foi ver o Brasil entrando de vez no esquema da categoria.Que seja assim sempre e em todos os sentidos. A decisão do Mundial sendo pela primeira vez aqui também ajuda a valorizar a etapa em Interlagos.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Imagem: Os dois lados de um campeonato

O Mundial 2006 da Fórmula 1 assistiu ao duelo de duas gerações. Atual campeão Mundial, Fernando Alonso liderou de forma soberana a primeira metade da temporada, vencendo provas e mostrando todo o seu talento, apesar da pouca idade. Heptacampeão Mundial, Michael Schumacher apresentou uma reação na segunda fase do certame que impressionou a todos os rivais. Em sete provas, Schumacher tirou os 25 pontos de vantagem que o separavam de Alonso e prometia fazer das últimas etapas do campeonato verdadeiras "batalhas campais". Pois é. Prometia. Eis que o motor Ferrari de Schumacher - que ná quebrava desde o GP da França de 2000 - resolveu abrir o bico. Melhor para Alonso, que teve caminho aberto para vencer em Suzuka, abrir 10 pontos de vantagem e chegar em Interlagos - a última etapa do Mundial - precisando de apenas um ponto para levar o Bi. Diante de tal situação, este é o melhor reflexo da atual situação do campeonato: Schumacher desolado e descrente no Octo e Alonso com um mão na taça e cada vez mais com sorriso de bicampeão.

F-1: Alonso vence no Japão, vê Schumacher quebrar e coloca "uma mão" na taça

A temporada 2006 da Fórmula 1 parecia destinada a uma decisão eletrizante até a sua última etapa, o GP do Brasil, a ser disputado no dia 22 de Outubro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. No entanto, o imponderável fez com que o Mundial, que vinha se encaminhando para as mãos do alemão Michael Schumacher, assumisse novos rumos na sua reta final. Melhor para Fernando Alonso.

O espanhol da Renault, que liderou praticamente todo o campeonato, viu a sorte lhe sorrir num momento mais do que decisivo do Mundial. Após largar em quinto no GP do Japão, Alonso fez uma corrida de recuperação e já se dava por satisfeito com a segunda colocação, distante cinco segundos do líder Schumacher. O que Fernando não poderia imaginar é que o motor Ferrari do alemão, que não quebrava desde o GP da França de 2000, viria a deixar Schumacher a pé a 17 voltas da bandeirada. Segundo informações obtidas junto à Ferrari, a válvula do motor provocou o abandonou de Michael. Com a saída do ferrarista, o caminho ficou livre para Alonso, que não só venceu pela sétima vez no ano, como abriu dez pontos de vantagem para Schummy. Agora, o espanhol necessita apenas de um ponto (oitavo lugar) para garantir o seu bicampeonato, algo fácil levando-se em consideração os resultados obtidos pela atual campeão na temporada. Caso Schumacher não vença, Fernando sequer precisa terminar a prova, o que indica de uma vez por todas que o piloto da Renault está realmente com uma mão na taça.

Completando o pódio em Suzuka, Felipe Massa - que havia largado na pole position, mas que sofreu com um pneu furado - foi o segundo colocado e Giancarlo Fisichella fechou os três primeiros, colocando os dois carros do time francês no pódio. Com a Honda, Rubens Barrichello - que fez um pit stop a mais – não foi além da 12ª posição. Correndo em casa, Takuma Sato fez a festa da torcida local, ao completar numa honrosa 15ª posição, diante de todas as limitações da equipe dirigida pelo incansável Aguri Suzuki.

F-1: Alonso, contra tudo e contra todos!

Os grandes esportistas costumam apresentar um comportamente difícil de ser decifrado. Alguns atos que nos parecem estranhos, para eles se tornam algo próximo da normalidade. Um exagero, uma crítica mais ácida ou uma atitude impensada se tornam desvios de conduta bastante comuns às personalidades. Neste sentido, Fernando Alonso pode dizer que passou por uma semana "fora de si". Após viver no céu por quase toda a temporada, liderando o Mundial mesmo diante da ascensão do rival Michael Schumacher, o espanhol viu sua diferença de 25 pontos para o alemão desaparecer em sete corridas. O sorriso largo deu lugar a uma expressão fechada. No pódio em Xangai, após perder uma corrida praticamente ganha devido aos muitos erros de sua equipe - e dele próprio - Alonso "explodiu".

Na semana que se seguiu da etapa chinesa, Fernando buscou apontar culpados para o seu insucesso. Primeiro, começou culpando a todos de um modo geral. Depois, tratou de "descarregar" a metralhadora de críticas de forma individual. Começou pela equipe Renault, depois, foi para os pneus Michelin e caiu nas costas de Giancarlo Fisichella, o "companheiro de equipe que não lhe ajudou nos momentos difíceis" (palavras do próprio Alonso). O campeão mundial teve seu "bug". Travou. Teve o famoso "apagão". Diante do empate com Schumacher na tabela de pontos e da desvantagem em número de vitórias (7 contra 6), Fernando se viu sozinho nessa luta. De malas prontas para a McLaren, Alonso já não conta na Renault com toda a retaguarda que um aspirante ao título deveria ter. No entanto, o asturiano está tendo aquilo que plantou.

Fernando é um ótimo piloto - o melhor dessa nova geração que tem Kimi, Massa, Kubica e etc - mas está sendo envolvido pela pressão da imprensa e pela força de reação da Ferrari e de Schumacher. De uma situação em que todos assistiram aos mandos e desmandos do time italiano, Alonso não conseguiu trazer para seu lado a força popular e da mídia. Culpa de sua díficil personalidade? Talvez. Alonso é um grande piloto, mas só será realmente grande o bastante quando souber fazer o uso total do poder de sua imagem e de suas declarações. Suas atitudes nesta semana não foram de um grande campeão, mas sim, de um piloto que não aceita a derrota e que procura encontrar culpados. Alonso terá duas provas pela frente para mostrar que tem talento de sobra para conquistar o bi e para abrir mão de "apagões" que assolam os esportistas em momentos decisivos.

domingo, outubro 01, 2006

F-1: Schumacher agradece problemas de Alonso, vence em Xangai e assume liderança do Mundial

Largando com os dois carros na primeira fila, a Renault tinha no Gp da China um panorama mais do que favorável. Afinal de contas, debaixo de chuva, o time francês sabia da eficiência dos pneus Michelin intermediários – que já haviam lhe dado a pole com Alonso e o segundo tempo com Fisichella – e esperavam por uma vitória para disparar na tabela de classificação. Só que o time de Flávio Briatore não poderia imaginar que a chuva que havia encharcado a pista no sábado, já não aparecia com tanta intensidade no domingo. Para piorar, o asfalto secando era algo que só beneficiava a Ferrari. E não deu outra.

Após liderar com folga o primeiro terço de prova, Alonso viu sua liderança desaparecer após uma decisão no mínimo questionável. Com a pista quase seca, o espanhol optou por trocar os pneus intermediários, enquanto que adversários diretos pela vitória – como o companheiro Fisichella e o rival Michael Schumacher – optaram por manter os desgastados intermediários, que após 20 voltas, já se mostravam próximos de condições de pista seca. No intuito de surpreender os rivais, Alonso viu o “tiro” sair pela culatra e toda a margem que tinha se reduzir à pó em cinco voltas. Descontando quase quatro segundos por volta, Fisichella e Schumacher “colaram” em Alonso e o espanhol foi “presa” fácil para ambos, caindo para a terceira posição.

Não bastasse tal problema, Fernando ainda contou com uma falha na porca de sua roda no segundo pit stop, o que pôs fim a qualquer chance de vitória. Lutando pela ponta, Giancarlo e Michael disputavam roda a roda a liderança. Em segundo, Schumacher tratou de fazer jus aos seus sete títulos mundiais no segundo pit stop. Mesmo com os pneus poucos aquecidos, o alemão pôs duas rodas na grama e efetuou umas das mais belas ultrapassagens da temporada, quando Fisichella retornava de sua parada. A partir dali, o alemão apenas abriu vantagem, partindo firme para a sétima vitória na temporada. Alonso, em corrida de recuperação, ainda lutou, mas teve de se contentar com a segunda posição, cinco segundos segundo distante do vencedor Schumacher e logo à frente do companheiro de Renault.

No pódio, Alonso trazia um semblante pouco simpático. Afinal de contas, não bastasse assistir a mais uma vitória de Schumacher, o espanhol perdeu pela primeira vez no ano a ponta na tabela. Com a placar estabelecido em 116 pontos para cada um, o primeiro critério de desempate se volta para o número de vitórias, estatística que dá vantagem para o piloto da Ferrari (7 contra 6). Até o GP do Japão, certamente Alonso perderá o sono pensando em como derrotar o alemão e em como evitar a perda de um título que esteve em suas mãos durante toda a temporada. Os brasileiros: Com a Honda Rubens Barrichello fez corrida combativa e terminou em sexto lugar. Já Felipe Massa, abandonou com a Ferrari após acidente com David Coulthard.