terça-feira, outubro 23, 2007

McLaren confirma que levará decisão da F-1 para a corte de apelações

A equipe McLaren confirmou nesta terça-feira que levará a decisão do Mundial 2007 da Fórmula 1 para a corte de apelações. No entanto, o maior favorecido com uma possível mudança nos rumos do campeonato - devido à polêmica da gasolina – se mostrou desanimado com a possibilidade de conquistar o título no famoso tapetão. O inglês Lewis Hamilton confirmou que vencer um mundial nos tribunais não seria uma boa maneira de se conquistar um campeonato como a F-1.

Hamilton ainda aproveitou a oportunidade para elogiar a atuação de Kimi Raikkonen, merecedor do título, e para admitir que realmente errou no GP do Brasil. Lewis explicou que acidentalmente pressionou um botão do volante que deixou o carro em ponto morto, obrigando-o a reiniciar o sistema que controla toda a caixa de câmbio. Com o erro, Hamilton caiu para as últimas posições e teve muito trabalho para se recuperar na prova, dando adeus ao título. No fim, Lewis terminou o Mundial empatado em pontos com o companheiro de equipe Fernando Alonso, sendo que ambos ficaram apenas a um ponto do campeão Kimi Raikkonen.

As fotos do Mundial 2007 da F-1

A tradicional foto ao fim da temporada foi registrada na reta do circuito de Interlagos em São Paulo. Em um dos mundiais mais bem disputadas da história da categoria, juntar os 22 pilotos era questão de honra. Durante o ano, a F-1 esteve em 17 países, visitou quatro continentes e proporcionou disputas das mais acirradas. No final, a luta entre três pilotos pelo título mundial não poderia ter sido desfecho melhor para o campeonato.

Fernando Alonso e Lewis Hamilton prometiam fazer da McLaren a equipe do ano. Em termos de disputa e destaque na mídia, a dupla alcançou plenamente os objetivos. A verdadeira guerra interna travada entre o bicampeão espanhol e o estreante inglês foi das mais ácidas já vistas na história e o mundo assistiu tudo de camarote. No entanto, pelo clima de rivalidade que ultrpassou todos os limites, a dupla da McLaren viu o azarão Kimi Raikkonen levar o título da temporada por apenas um ponto.
Num clima muito mais ameno, a Ferrari teve um fim de temporada dos sonhos. No caso de espionagem, viu a McLaren ser punida e como prêmio, venceu o Campeonato de Construtores pela 15ª vez na história. Depois, na corrida de Interlagos, conquistou - de forma inesperada - o título de pilotos com Kimi Raikkonen, após uma dobradinha do finlandês e de Felipe Massa.

Para fechar a temporada, a Red Bull não poderia deixar de receber um destaque especial. O time austríaco ainda não tem um carro dos sonhos, mais em matéria de marketing, é soberano. Na prova final do Brasil, promoveu uma disputa entre modelos do mundo todo. O objetivo: eleger suas Red Women, modelos representantes de todos os países sedes da F-1.

Derrotado, Alonso elogia Raikkonen e diz que possível título de Hamilton no "tapetão" seria piada

Fernando Alonso não conquistou o tão sonhado tricampeonato da F-1, mas para o espanhol, a derrota nem foi tão ruim. Após um ano tão atribulado, de tantas brigas com o time e punições mais do que questionáveis, Alonso se mostrou tranqüilo após o GP Brasil. Em seu discurso pós-corrida, era evidente o motivo de tamanha felicidade: o rival Lewis Hamilton também perdeu a chance de ser campeão.

Companheiro de equipe e rival declarado de Alonso, Hamilton abusou dos erros na prova de Interlagos e acabou desperdiçando a chance de se tornar o mais jovem vencedor da história da F-1. Alonso afirmou aos jornais espanhóis que o título de Raikkonen foi merecido e que “o piloto que soma mais pontos é, de direito, o melhor da temporada”. Em total ataque ao próprio time, Alonso não perdoou. Disse que seria uma grande piada caso Hamilton seja declarado campeão, após o julgamento da Corte de Apelações, marcado para o mês de Novembro, em virtude do caso da gasolina utilizada por Williams e BMW no GP Brasil.

21/10/2007: Raikkonen surpreende, vence o GP Brasil e conquista o título da F-1

Poucos acreditavam, a estatística apontava mínimas chances de vitória e até mesmo o time já falava em tom de derrota. No entanto, o “azarão” Kimi Raikkonen surpreendeu a todos (inclusive a si próprio) e venceu o GP Brasil de F-1, 17ª e última etapa do Mundial 2007. Com o resultado - e beneficiado por uma incrível combinação de resultados - o piloto finlandês garantiu a conquista do título mundial, fato mais do que inesperado. Na verdade, mais surpreendente do que a vitória de Raikkonen, foi a derrota histórica sofrida pela McLaren. Tão tradicional e vitoriosa, a equipe inglesa viu seus dois pilotos praticamente se digladiarem o ano todo, e no final, “assistiu de camarote” a um campeonato praticamente ganho, cair “nos braços” de Kimi Rakkonen.

No entanto, para quem pensa que o título de Kimi se deve exclusivamente à sorte, se engana. O ferrarista foi o maior vencedor da temporada (seis vitórias), diante de quatro triunfos de Hamilton, outros quatro de Alonso e três do companheiro Felipe Massa. Além disso, o que deu a Raikkonen a possibilidade de lutar pelo título com a dupla da McLaren até a última prova do Mundial – e derrotá-los – foi a incrível seqüência de resultados na segunda metade do campeonato. Após as sete provas iniciais, Kimi tinha uma desvantagem de 26 pontos para o líder, Lewis Hamilton. No entanto, nas últimas dez provas do campeonato, Raikkonen venceu cinco corridas, subiu ao pódio em outras quatro e abandonou apenas uma vez. Numa virada de “cinema” descontou os mesmos 26 pontos e impôs uma vantagem de um ponto. Um mísero ponto que lhe garantiu o tão sonhado título, após dois vice-campeonatos (2003, diante da vitória de Schumacher e em 2005, com o primeiro título de Alonso).

Para garantir o quarto triunfo da história da Finlândia (1983 com Keke Rosberg e em 1998/1999 com Mika Hakkinen), Kimi contou com a ajuda providencial de Felipe Massa. Pole position em Interlagos, Massa fez uso do jogo de equipe para ajudar o companheiro a conquistar o título. De contrato renovado com a Ferrari até o fim da temporada de 2010, Massa sabia que deveria ajudar Kimi caso existisse alguma chance de título. E com as trapalhadas da McLaren, o brasileiro não teve outra alternativa. Ao fim, garantiu o segundo lugar correndo em casa e viu o companheiro de Ferrari ser campeão.

Por falar em equipe, certamente a McLaren terá muito trabalho para “digerir” a derrota histórica sofrida em Interlagos. O time viveu diante de uma briga interna dos pilotos durante toda a temporada e na prova do Brasil, a guerra na pista foi escancarada. E justamente este clima de total combatividade entre os companheiros de equipe fizeram com que o time de Ron Dennis visse o título escapar por entre os dedos. Hamilton e Alonso terminaram o campeonato exatamente com o mesmo número de pontos (109), mas o inglês fechou o ano como vice-campeão por ter um segundo lugar a mais que o espanhol. Hamilton não escondeu a decepção, mas ressaltou o trabalho na temporada. Já Alonso parecia conformado. Não ganhou, mas também viu o companheiro errar, ter problemas e terminar empatado. O sentimento expresso por Alonso era de que, mesmo com todas as medidas tomadas para favorecer Hamilton, a McLaren não conseguiu fazer do “pupilo” o novo campeão da categoria.

OBS: Fellipe Granzotto acompanhou o GP do Brasil de F-1 a convite da Petrobras.

Notas para os pilotos GP Brasil de F-1

1 – Kimi Raikkonen – 10,0 = uma prova de cabeça, sem afobações, como foi no campeonato todo. Guiou da forma como gosta e quando foi exigido, tirou da cartola segundos preciosos. Garantiu de forma merecida seu primeiro título mundial.

2 – Felipe Massa – 9,0 = fez uma pole position estupenda e esteve com a mão na vitória. No entanto, teve de ajudar Raikkonen a conquistar o título. Não gostou de abdicar da vitória, mas não tem do que reclamar. Começa o próximo ano fortalecido por um contrato que lhe garante até o fim de 2010.

3 – Fernando Alonso – 8,0 = Teve a chance de conquistar o tricampeonato, mas não se mostrou abalado com a derrota. Numa temporada tão atribulada, ainda conquistou um terceiro lugar na prova final e garantiu a mesma posição no campeonato, a um ponto do campeão.

4 – Nico Rosberg – 9,0 = fantástico, teve uma atuação de gala, na sua melhor corrida na Fórmula 1. É seguramente um dos melhores da nova geração. Largou em décimo, chegou em quarto, empurrando Kubica, Heidfeld entre outros. Merece um carro melhor em 2008.

5 – Robert Kubica – 8,0 = rápido como sempre, ousou na estratégia e até chegou a ameaçar a posição de Alonso. Depois, lutou com Rosberg e perdeu a batalha. Ótima temporada e a confirmação de seu talento.

6 – Nick Heidfeld – 6,0 = não tão bem como no início do ano, Heidfeld fechou o ano sendo superado pelo companheiro de equipe. Mesmo assim, o alemão não tem do que reclamar. Somou 61 pontos e fez uma temporada exemplar ao lado da BMW Sauber.

7 – Lewis Hamilton – 1,0 = o fenômeno da temporada se perdeu na última prova. Foi uma sucessão tão incrível de erros que foi difícil de acreditar. A verdade é que Lewis parece ter sentido a pressão e deixou o título escapar. Ainda assim, ficou com o vice.

8 – Jarno Trulli – 6,0 = Após uma temporada um tanto apagada, somou pontos com a Toyota após nove etapas distante das primeiras posições. Como de costume, superou o companheiro de equipe, Ralf Schumacher, que pode ter se despedido da F-1 na prova de Interlagos.

Massa garante a pole e Hamilton larga em 2º em busca do título

Não teve para ninguém. Felipe Massa "sobrou" no treino classificatório para o GP do Brasil de F-1 e com o fantástico tempo de 1min11s931, larga na pole da última prova do campeonato. Veloz desde os treinos da manhã, Massa não teve grandes dificuldades para confirmar o favoritismo. Após garantir lugar na superpole, o brasileiro viu em Lewis Hamilton a única ameaça na luta pela pole. Mesmo assim, o brasileiro garantiu a sexta pole da temporada. Hamilton parte em segundo, seguido por Raikkonen e Fernando Alonso, respectivamente terceiro e quarto colocados. O GP do Brasil tem largada prevista para às 14h, no horário de Brasília.

Hamilton e Alonso: amigos?!

No mínimo suspeita a coletiva de imprensa para o GP do Brasil de F-1. Inimigos declarados, Lewis Hamiton e Fernando Alonso selaram a paz de forma até surpreendente. Após trocarem farpas durante toda a temporada, ambos empregaram o discurso de que estão confiantes no título e que apesar do caso de espionagem, a temporada foi das melhores para a McLaren. Ventila-se no paddock que o bom humor de Alonso se deve, basicamente, à garantia da McLaren de que o espanhol estará livre do contrato com os ingleses para a próxima temporada. Em relação a Hamilton, o sorriso estampado no rosto tem motivo mais do que justo: o inglês precisa terminar a prova a frente de Alonso e de Raikkonen para se tornar o mais jovem e o primeiro estreante campeão mundial de F-1.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Rumor aponta que Mercedes-Benz não deseja permanência de Alonso na McLaren em 2008

Que Fernando Alonso já tinha um pé fora da McLaren, disso todos já estavam cansados de saber. No entanto, o outro pé pode ser colocado muito antes do que se imaginava e graças a sócia do time inglês, a montadora Mercedes-Benz. Segundo o jornal alemão Bild, a fabricante germânica estaria sem paciência para aturar Alonso por mais uma temporada. Por não desejar ser alvo das críticas sempre ácidas do piloto bicampeão por mais um ano, a montadora abriria mão do contrato que garante o piloto espanhol em um dos cockpits da McLaren até o fim de 2008.

Diante de tal rumor, Alonso teria a liberdade desejada para articular melhor com o chefão Flavio Briatore o seu retorno para a Renault, time onde conquistou seus dois títulos mundiais. O fato mais interessante da matéria do Bild é que, nem mesmo o tricampeonato, que pode ser conquistado domingo, no GP Brasil, seria capaz de manter Fernando no time inglês. Ou seja, fica claro que não existe solução melhor para as partes a não ser um divórcio mais ou menos amigável.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Massa renova com a Ferrari, mas é Barrichello que rouba a cena em coletiva de imprensa

De contrato renovado com a Ferrari até o fim da temporada de 2010 e um dos favoritos a vitória no GP do Brasil, a expectativa era de que o brasileiro Felipe Massa fosse o centro das atenções na coletiva de imprensa realizada terça-feira (16/10), num tradicional hotel de São Paulo. No entanto, Massa não contava com o sarcasmo do compatriota Rubens Barrichello, com quem dividia as atenções na coletiva da Bridgestone, fornecedora de pneus da Fórmula 1.

Em dia inspirado, Rubinho resolveu destilar para todos os lados o seu famoso estilo de língua afiada. O principal alvo não poderia ser diferente: o terrível carro construído pela Honda para o Mundial 2007. Barrichello não poupou críticas ao modelo RA 107. E afirmou que na etapa do Brasil, será difícil somar os primeiros pontos no campeonato. Fazendo piada de si mesmo, Barrichello tratou de comparar sua difícil situação na temporada ao atual momento do Corinthians, time do coração. Segundo Rubinho, é difícil dizer até mesmo quem vive pior fase: ele ou o time paulista, que freqüenta no momento a zona do rebaixamento.

Os três candidatos ao título da F-1

Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen iniciam na sexta-feira a luta final pelo título do Mundial 2007 da F-1. Os três pilotos sustentam chances de levantar a taça de campeão. Hamilton é o favorito e para tal, aposta num motor mais potente a ser estreado na etapa derradeira do campeonato. Bicampeão, Alonso confia no tri, mas sabe que não depende apenas de si para levar o caneco para casa. Por fim, Kimi considera que pode tirar vantagem da rivalidade entre Lewis-Alonso para surpreender, e quem sabe, levar para a Finlândia o título, após dois vice-campeonatos. Façam suas apostas pessoal e que vença o melhor!

sábado, outubro 13, 2007

Alonso: "mãozinha do céu" e o milagre aconteceu!

Que Fernando Alonso é sortudo, disso ninguém tem dúvidas. No entanto, o infortúnio de Lewis Hamilton no GP da China, que adiou a decisão do Mundial 2007 da F-1 para o GP do Brasil, foi mais uma mostra de que um campeão nasce da regularidade e não apenas de vitórias. Alonso garantiu o título nas duas últimas temporadas sem precisar vencer. Em 2005, foi terceiro diante de uma vitória de Montoya e em 2006, viu Massa vencer e ficou satisfeito com o 2º lugar. Em ambos os casos, o espanhol garantiu a taça. Se tivesse tido mais cabeça, e deixado Raikkonen "voar" para a vitória na China - não correndo riscos desnecessários - Hamilton já teria garantido o título. Sim, teria. Não o fez e deixou a decisão para o Brasil. Melhor para Alonso (que agradeceu o milagre) e Kimi, que ainda sonham com o título.

terça-feira, outubro 09, 2007

07/10/07: Hamilton erra, entrega vitória no "colo" de Raikkonen e decisão fica para GP Brasil

Quando chegou ao autódromo de Xangai, na quinta-feira anterior à corrida, Fernando Alonso afirmou que esperava apenas por um milagre para seguir com alguma chance de título na temporada. E eis que as preces do espanhol foram ouvidas. Como numa trama de filme hollywoodiano, o favorito Lewis Hamilton sofreu no GP da China o primeiro abandono do ano e deixou em aberto a decisão do Mundial da F-1, dando a Alonso e ao finlandês Kimi Raikkonen as esperanças que ambos queriam.

Partindo na pole position, na úmida pista chinesa, Hamilton tinha exata noção do que precisava para levantar o caneco com uma prova de antecipação: vencer a corrida. Mas na verdade, o inglês nem precisava da vitória. Bastava chegar à frente de Alonso que o título já cairia no colo. Mas o arrojo do jovem inglês acabou lhe custando caro. Desgastando mais os pneus intermediários, Lewis viu seu rendimento cair volta a volta. Adiando ao máximo a parada nos pits, o britânico passou a ser presa fácil diante de Raikkonen e Alonso, que vinham logo atrás. Por três voltas, Hamilton duelou de forma arriscada e irresponsável com Kimi, mesmo sabendo que aquilo só poderia lhe atrapalhar. E não deu outra. Com pneus em frangalhos, Hamilton se arrastou até os pits, mas logo na entrada, não conseguiu contornar a curva de acesso à área do pit lane, encalhou na brita e disse adeus à prova e ao título antecipado.
Melhor para Kimi Raikkonen, que herdou a liderança e viu a vitória cair em suas mãos (quinta conquista na temporada). Para Alonso, só a vitória poderia ser melhor. Com a segunda posição obtida (oito pontos conquistados), o espanhol se manteve na luta direta pelo campeonato, somando agora 103 pontos, diante de 107 do ainda líder Hamilton. Já Raikkonen totaliza 100 pontos, também sustentando chances de título. A decisão do campeonato no GP do Brasil, em Interlagos, certamente será imperdível. Hamilton merece o título, mas a pressão pode atrapalhar o jovem. Alonso tem a experiência de bicampeão, mas a McLaren – indiretamente, é claro - não deseja que ele conquiste o tri. E por fim, Raikkonen pode até vencer, mas para tal, não deverá contar com uma grande ajuda de Felipe Massa, fora desta luta devido aos incontáveis erros cometidos pela Ferrari durante o ano.

Toro Rosso surpreende com Vettel e Liuzzi

Para quem não se lembra, a Toro Rosso é aquilo que sobrou da Minardi, com algumas melhorias, é bem verdade. No entanto, a prova da China foi a melhor da história da equipe. Quarta colocada com o fenômeno Sebastian Vettel e sexta com Vitantonio Liuzzi, o time somou "incríveis" 8 pontos no mundial. Para quem passou zerada o ano todo, algo de cinema. Vettel, que de bobo só tem a cara, mostra que tem talento suficiente para fazer muita coisa na F-1. Em Fuji só não foi ao pódio porque bateu em Webber quando era 3º colocado. Por enquanto, já colocou Liuzzi no bolso. Cogita-se até mesmo que o bom alemãozinho pode substituir Alonso na McLaren. Será? Falam também de Nico Rosberg. Este sim, um boato mais provável. Resta aguardar.

Notas para os pilotos GP da China

1 - Kimi Raikkonen - 10,0 = mais rápido em todos os treinos livres, perdeu a pole nos detalhes. Na corrida, pressionou Hamilton - que acabou errando sozinho - e não teve dificuldades para conquistar a quinta vitória no ano. Ainda respira na luta pelo título.

2 - Fernando Alonso - 9,0 = um milagre lhe manteve com boas chances de conquistar o tricampeonato. Após um início de prova complicado, teve cabeça para levar o carro entre os três primeiros, até que Hamilton deu uma forcinha. Apenas quatro pontos atrás do inglês, o espanhol virá para o "tudo ou nada" na prova de Interlagos.

3 - Felipe Massa - 8,0 = mais uma vez a Ferrari errou em seu carro, ao colocar pneus para pista seca no momento errado. Felipe caiu muitas posições, mas conseguiu se recuperar e conquistou mais um pódio. Certamente estaria na luta pelo título se o time não errasse tanto durante o ano.

4 - Sebastian Vettel - 10,0 = uma estrela que vem se firmando cada vez mais. Com 20 anos, fez mais uma prova fantástica, obtendo o melhor resultado da história da Toro Rosso (4º lugar). A Alemanha está em festa com o surgimento de uma nova estrela do automobilismo.

5 - Jenson Button - 8,0 = guiou muito mais do que o carro da Honda permite e, arriscando na estratégia, garantiu um quinto lugar de se tirar o chapéu. Enquanto isso, viu o companheiro de equipe Rubens Barrichello terminar apenas em 15º.

6 - Vitantonio Liuzzi - 7,0 = quando corria ao lado do inexpressivo Scott Speed, nunca fez nada. Foi a Toro Rosso promover o veloz Vettel ao lado de Tonio, que o italiano resolveu acelerar "a barata". Foi sexto, após fazer uma bela corrida, segurando no final o polonês Robert Kubica.

7 - Robert Kubica - 6,0 = boa prova, combativo como sempre, mas a BMW não rendeu o esperado nas corridas asiáticas. Aliás, não rendeu nem sombra do que fez nas provas européias. Ainda assim, Kubica somou dois pontos a mais.

8 - David Coulthard - 7,0 = sua consistência é de fazer inveja aos mais novos. Com a experiência que apenas doze temporadas dão a um piloto, o escocês escapou das confusões, não abusou do carro e somou mais um ponto para a Red Bull.

sábado, outubro 06, 2007

E Alonso, enfim, chutou o balde!

Fernando Alonso não só deu praticamente adeus a luta pelo título, como pode ter se despedido de forma antecipada da McLaren. A paciência do espanhol parece ter se esgotado neste fim de semana em Xangai. Antes dos treinos, Alonso protestou publicamente diante da absolvição de Hamilton no caso em que foi julgado por ter causado o acidente entre Mark Webber e Sebastian Vettel no Gp do Japão, no último fim de semana. Segundo Alonso, todos os esforços foram feitos para não prejudicar a luta de Hamilton pelo título. No entanto, a gota d'agua para o espanhol deu-se neste sábado. Alonso não só viu Lewis registrar a pole para o GP da China (diante do inexpressivo 4º tempo do espanhol) como tomou 0s600 milésimos do companheiro de equipe, o que foi classificado como "estranho" pelo piloto.

Diante de tal situação, o bicampeão não perdoou ninguém. Em entrevsta a imprensa espanhola presente em Xangai, Alonso criticou tudo e todos. Afirmou que a McLaren dá tratamente diferenciado ao seu pupilo. Mostrou descontentamento com a forma como Ron Dennis trata Hamilton (praticamente um tratamento de pai para filho) e se disse decepcionado com a McLaren, de quem "esperava mais". Alonso deixou claro que tinha uma imagem da equipe britãnica e que depois de uma temporada cheia de altos e baixos, consegue entender porque pilotos como Montoya, Coulthard e Raikkonen deixaram o time e só foram alcançar a felicidade longe dali.

Por fim, Alonso garantiu que não sabe onde correrá em 2008 e que espera uma boa proposta de algum dos outros 10 times da categoria. Para bom entendedor, Alonso deixa claro que na McLaren não fica nem por decreto, ainda mais porque para o espanhol, sua condição de bicampeão em nenhum momento foi valorizada pela equipe.

06/10/07: Pole position na China, Hamilton dá mais um passo rumo ao título

Estrela da temporada 2007, Hamilton decidiu que o campeonato acabe nesta domingo, em Xangai. A conquista da pole position para o GP da China foi a prova de que o piloto merece o título. Após uma atuação memorável em Fuji, na semana passada, Hamilton voltou a andar bem numa pista desconhecida para ele. O inglês é fenômeno e disso já não se tem mais dúvidas. Caso mantenha a posição do grid, torna-se o mais jovem campeão da história da categoria, com apenas 22 anos. Fantástico. Vamos esperar pela prova.
A se destacar, Lewis colocou a Ferrari "no bolso". Raikkonen foi o mais rápido nos três treinos livres, mas na hora decisiva, o inglesinho veio com um temporal da cartola e garantiu a 5ª pole do ano. Massa larga em terceiro, meio apagado pelo finlandês. E Alonso? Bom, esse já "desencanou" da luta pelo título, ainda mais após o 4º tempo na tomada de tempo. A corrida começa às 3h da madrugada deste domingo e vale a pena conferir a consagração de Hamilton, salvo surpresas, é claro.

Com um volante desses fica fácil pilotar heinnn!!

A foto acima poderia ser do volante de uma nave espacial ou algo parecido, mas é na verdade da Ferrari de Kimi Raikkonen. Para que não se tenham dúvidas são exatos 24 botões que ajudam o piloto no gerenciamento total da F2007. Fácil para qualquer um? Tenho lá minhas dúvidas. Dizer que a F-1 de hoje é muito diferente da de 20 anos atrás não deixa de ser verdade. No entanto, todas as "engenhocas" utilizadas nos carros de hoje não são de tão fácil compreensão. Afinal, mexer com 24 botões a 300km/h não é tarefa das mais fáceis.

30/09/07: Hamilton dá show, vence em Fuji e coloca "uma mão" no título

Lewis Hamilton já havia feito de tudo em seu ano de estréia na Fórmula 1. Venceu corridas, conquistou pole positions nos minutos finais da classificação, cravou melhores voltas nas provas e ainda soube conservar durante a temporada a liderança do Mundial. No entanto, faltava a Hamilton uma atuação de destaque em uma corrida na chuva. Pois bem, já não falta mais. A vitória de Lewis no GP do Japão de F-1 foi uma das mais belas apresentações de um piloto nos últimos anos da categoria. Com 22 anos, o piloto da McLaren mostrou - sob condições adversas - um domínio soberbo do carro, que só os grandes pilotos apresentam. Debaixo de uma chuva intensa que castigou a região do remodelado circuito de Monte Fuji, o fenômeno inglês não só garantiu o quarto triunfo da temporada, como ainda pôs “uma mão” no título.

Para consolidar a conquista do campeonato, Hamilton precisa apenas chegar à frente de Alonso no GP da China, a próxima etapa do Mundial. Alonso que, por sinal, pode ter jogado o campeonato pela “janela”. Após largar na segunda posição e se manter lá até a metade da prova, o espanhol sofreu no restante da corrida. Andando mais pesado (com mais combustível no tanque, com o intuito de fazer apenas uma parada), Fernando sofreu nas disputas no pelotão intermediário. Guiando no limite para tentar recuperar espaço na prova, Alonso errou, aquaplanou, bateu forte e disse adeus à prova e, possivelmente, ao tricampeonato.

Quem mereceu elogios debaixo de chuva foi o finlandês Heikki Kovalainen. Com o limitado carro da Renault, Heikki segurou no braço, por mais de 15 voltas, o compatriota Kimi Raikkonen, que com a Ferrari, realizava fantástica corrida de recuperação. No entanto, Raikkonen ficou ali, em terceiro. Kovalainen comemorou muito a segunda posição – merecida, diga-se de passagem – que representou o primeiro pódio no ano da equipe Renault e o primeiro da carreira do jovem piloto na F1.

Mais uma vez prejudicado por erros da Ferrari, Felipe Massa fez uma prova de recuperação. Após rodar nas primeiras voltas, sofrer uma punição e ainda fazer uma parada a mais que os adversários – devido a um erro na escolha dos pneus para chuva – o brasileiro terminou na sexta posição. No entanto, mais belo do que a atuação do piloto foi o duelo final com o polonês Robert Kubica. Na última volta da prova, Massa e Kubica protagonizaram uma disputa que há muito tempo não se via. Tocando rodas, os dois se mantiveram lado a lado por quase meia volta, numa luta feroz pela sexta posição. No final, Massa levou a melhor, deixando o sétimo posto para Kubica. No entanto, o que menos importou foram os pontos somados. Numa categoria em que as disputas são tão raras, nada melhor do que demonstrações de arrojo em excesso, que resgatam os bons tempos da Fórmula 1.

Notas para os pilotos GP do Japão F-1

1 - Lewis Hamilton - 10,0 = uma atuação incontestável, debaixo de um dilúvio que há muito tempo não se via. Numa pista difícil fez a vitória em Fuji parecer fácil, tamanha a superioridade. Com a vitória e o abandono de Alonso, colocou "uma mão" no título da temporada.

2 - Heikki Kovalainen - 9,0 = conquistou seu primeiro pódio na F-1 com uma atuação digna de campeão. Mesmo com uma Renault, segurou a Ferrari de Raikkonen por mais de 10 voltas. Vem se firmando a cada corrida e já faz tempo que colocou Fisichella no "bolso". Primeiro pódio da Renault na temporada.

3 - Kimi Raikkonen - 8,0 = largava bem, mas caiu para último após o erro da Ferrari em sair com pneus intermediários, quando a ordem da Fia era sair com pneus de chuva forte. Depois, se recuperou e foi passando um a um. Parece ter acordado na fase final da temporada, mas pode ter sido tarde demais.

4 - David Coulthard - 7,0 = com experiência de sobra, sabe como lidar em corridas "malucas" como a de Fuji. Sempre se destaca na chuva e não foi diferente. Com a Red Bull melhorando, levou o time a um ótimo posto, quase no pódio.

5 - Giancarlo Fisichella - 6,0 = numa temporada terrível, conseguiu um bom resultado. Sempre consegue salvar algo em corridas na chuva, onde constuma se dar bem. Mesmo assim, tomou um baile do companheiro de equipe.

6 - Felipe Massa - 8,0 = uma corrida confusa e muito complicada, com penalização, rodada e tudo mais. Ainda assim, mostrou mais uma vez o arrojo já característico. A disputa na última volta com o polonês Kubica demonstrou que tem vontade de sobra. Falta apenas regularidade.

7 - Robert Kubica - 7,0 = posição regular na largada, fazia boa corrida até que foi injustamente punido por um toque com Hamilton. Mesmo assim, se recuperou e lutou pelo pontos até o fim com Massa, protagonizando a melhor disputa do ano.

8 - Adrian Sutil - 10,0 = merece todos os elogios possíveis e imagináveis por levar aos pontos um carro como o da Spyker, uma equipe que a cada cinco corridas pertence a um novo dono. Sutil vem crescendo no campeonato e debaixo de chuva, comprovou sua qualidade incontestável como piloto.

Stock Car: um deles fica com o título

A prova de Brasília da Stock Car (8ª etapa do campeonato) foi um verdadeiro bate-bate. Entre os "sobreviventes", foram definidos os 10 pilotos que lutarão pelo título da temporada 2007. O líder Cacá Bueno, além de Ricardo Maurício, Thiago Camilo e Marcos Gomes já estavam confirmados na fase decisiva desde a 7ª etapa. Após a prova do Distrito Federal, entraram para o seleto grupo os pilotos Ingo Hoffmann, Valdeno Brito, Daniel Serra, Hoover Orsi, Felipe Maluhy e Rodrigo Sperafico. Nomes consagrados do automobilismo, como Antonio Jorge Neto, Luciano Burti e Giuliano Losacco ficaram de fora da disputa por detalhes. A próxima etapa da Stock acontece dia 14 de outubruo, no circuito Oscar Galvez, em Buenos Aires, na Argentina.