quarta-feira, junho 20, 2007

17/06/2007 - Hamilton comanda a Fórmula 1 e já pensa no título após triunfos na América

Ele foi preparado desde os 12 anos de idade para um dia chegar à Fórmula 1, o ponto máximo na carreira de todo piloto. Passando pelos tempos de kart, foi vitorioso em todas as categorias onde esteve, não dando chances aos adversários. Hoje, com 22 anos de idade, Lewis Hamilton é apontado após sua sétima corrida como o principal favorito ao título do Mundial 2007 da Fórmula 1, numa trajetória meteórica de sucesso. Maior promessa inglesa dos últimos anos, o primeiro piloto negro da história da categoria vem deixando cada dia mais boquiaberta a crítica especializada, bem como o grande público, que vem aprendendo a torcer por esse jovem ousado.

Vencer na Fórmula 1 já seria algo a ser destacado, mas o que Hamilton vem fazendo é mais do que isso. Vencer e convencer parece ser seu objetivo. Se alguém duvidava de seu potencial no início do ano, qualquer pensamento já foi mandado para bem longe. Se Fernando Alonso antes considerava Lewis como um aliado na luta pelo tricampeonato, hoje o considera o maior rival na luta pela taça. Hamilton é um apaixonado por velocidade e talvez por isso, pratique o automobilismo de uma maneira tão excepcional, digna de aplausos.

Vindo de família humilde, que sempre lutou muito para bancar a carreira do jovem piloto, Hamilton tem a chance de mostrar ao mundo que certos talentos surgem com estrela de campeão. E este parece ser o caso. No Canadá, ao fazer a pole em cima de Alonso, o jovem jogou para o espanhol a pressão por um bom resultado. Correndo solto desde o início do ano, sem a responsabilidade de vitórias, Hamilton se impôs, manteve a ponta da corrida e teve cabeça para administrar o triunfo nas traiçoeiras curvas do circuito Gilles Villeneuve, em Montreal. Já nos EUA, a vitória veio de forma ainda mais especial e diante de 100 mil pessoas que lotaram a pista de Indianápolis. Roubando mais uma vez a pole nos minutos finais do treino e sobre o mesmo Alonso, Lewis largou consciente de que teria de se superar para anular as investidas do companheiro de equipe. Nesta disputa, mais uma vez o inglês levou a melhor, assinalando a segunda vitória na carreira.

Muitos podem alegar que Hamilton está dando sorte, que se estivesse com um carro ruim, não faria nem 10% do que vem fazendo. A questão é: quantos pilotos já não tiveram um carro bom em mãos e nada fizeram? Se Hamilton tem um carro excepcional a disposição, seria errado ser vencedor? Acredito que não. Alonso dispõe do mesmo carro e ainda leva dois títulos mundiais nas costas, mas não vem tendo a mesma atuação de Hamilton. Aliás, jamais o espanhol se sentiu tão desconfortável diante de um companheiro que seguidas vezes o supera em treinos e corridas.

Para as próximas provas, Alonso, Massa, Raikkonen e os demais pilotos da Fórmula 1 terão um desafio a mais: além de buscarem a vitória, todos lutarão para saber até onde vai a capacidade de Hamilton de seguir sendo rápido, eficiente e vencedor. Afinal de contas, em sete corridas, o inglês não cometeu um único erro, subiu ao pódio em todas as provas, somou 83% dos pontos em disputa e lidera o campeonato com 10 pontos de vantagem sobre o 2º colocado. Alguém duvida de que ele lutará até o fim pelo título? Acredito que não.

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27/05/2007 - Alonso vence no "passeio" da McLaren em Mônaco. Hamilton completa dobradinha

A equipe McLaren não deu chances aos adversários e deu um verdadeiro “passeio” no Principado de Monte Carlo, na 5ª etapa do Mundial 2007 da Fórmula 1. Confirmando a condição de favorito nas estreitas ruas de Mônaco, Fernando Alonso impôs a posição de piloto número um da equipe inglesa e não só conquistou a pole position e a melhor volta, como venceu a prova de ponta a ponta. Alonso ainda completou a prova quase uma volta a frente do terceiro colocado, o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari.

O piloto do time italiano não teve carro a altura da McLaren e em nenhum momento lutou pela liderança da corrida. No final, o pódio e os seis pontos somados na classificação do campeonato serviram de consolo para o brasileiro. Quem nitidamente não gostou do resultado da prova foi Lewis Hamilton. O inglês, maior revelação da categoria neste ano, terminou na segunda posição, completando a dobradinha da McLaren, mas foi aconselhado pelo time a não disputar posição com Alonso. Visualmente mais rápido do que o espanhol, Hamilton foi obrigado a abrir mão da luta pela vitória, o que revoltou a imprensa britânica. Em cinco provas disputadas, o primeiro piloto negro da história da F-1 conquistou cinco pódios, sendo por quatro vezes consecutivas o segundo colocado.

Quem também teve motivos para não gostar do resultado final da corrida monegasca foi Rubens Barrichello. Largando na nona posição, o brasileiro da Honda ocupou durante boa parte da corrida a 7ª colocação. No entanto, uma estratégia errada de paradas para reabastecimento comprometeu o resultado do brasileiro, que terminou apenas na 10ª posição. A Fórmula 1 volta no dia 10 de Junho, com o GP do Canadá, a 6ª etapa do Mundial, a ser disputada no circuito Gilles Villeneuve, na Ilha de Notre Dame, em Montreal.

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domingo, junho 17, 2007

13/05/2007 - Na raça, Massa destrona Alonso e vence na Espanha

Muitas vezes, certas atitudes são necessárias quando o objetivo é provar algo aos demais. Às vezes uma dose excessiva de arrojo se faz necessária num mundo tão competitivo como o que vivemos hoje. Tal situação Felipe Massa viveu no GP da Espanha, a 4ª etapa do Mundial 2007 da Fórmula 1. Partindo na pole position pela 3ª vez consecutiva, Massa sabia da importância de contornar a primeira curva de Barcelona na frente. Ciente de que tal situação poderia lhe render 50% da vitória, o brasileiro não teve outra atitude: arriscou tudo e mais uma pouco na freada do fim da reta, tocando roda-a-roda com o espanhol Fernando Alonso, da McLaren. O piloto da casa, partindo em segundo, também sabia que correndo em casa e sonhando com a vitória, nada mais lhe interessava do que pular na frente de Massa e assumir a ponta logo no primeiro giro.

Na disputa ferrenha entre os dois, Massa levou a melhor, manteve o traçado limpo e a ponta da corrida. Pior para Alonso, que além de sair da pista, e avariar seu carro, voltou perigosamente na quarta posição, perdendo postos para Lewis Hamilton e Kimi Raikkonen. Para quem acompanhou a corrida, parece fácil adotar uma postura mais aguerrida, mas para quem está no carro, a quase 300km/h, toda atitude deve ser estudada com muito cuidado. Após o episódio na Malásia, em que mesmo partindo na pole Massa caiu para a 3ª posição na largada, o brasileiro tinha em mente de que precisava mostrar aos rivais que não é apenas o “piloto bonzinho” que pilota para a Ferrari. Muito pelo contrário. Com a manobra sobre Alonso, Felipe deu aos seus adversários exemplo muito claro de qual será sua atitude sempre que houver uma disputa por posição.

Passada a luta nos metros iniciais, coube a Massa levar a corrida do jeito que gosta. Andando forte, sem perder a concentração e sem correr riscos diante dos adversários, o brasileiro chegou a 4ª vitória na carreira, a segunda do ano (consecutiva). Quem também se fez destaque na prova espanhola foi Lewis Hamilton. Mais uma vez o inglês fez uma corrida exemplar. Além de conquistar o 2º lugar, subindo ao pódio pela quarta vez em quatro corridas disputadas e de superar mais uma vez Fernando Alonso, Hamilton assumiu de forma isolada a liderança do campeonato, uma situação totalmente inesperada para um piloto que estréia neste ano na principal categoria do automobilismo mundial.

Diante do sucesso de Massa e Hamilton, Raikkonen e Alonso acabaram ficando em segundo plano. O finlandês da Ferrari abandonou logo no início da prova, vítima do alternador de seu carro. Já Alonso subiu ao pódio em terceiro, mas não escondeu a decepção pelo resultado diante dos mais de 140 mil torcedores que foram ao circuito da Catalunha para incentivá-lo. Seguindo sua difícil situação com o carro da Honda, Rubens Barrichello não passou da 10ª posição. O brasileiro chegou a figurar na zona de pontos, mas ficou sem marcar mais uma corrida, esperando pela solução dos problemas de seu carro para as próximas provas.

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15/04/2007 - Massa passeia no Bahrein e adia decisão da Ferrari

Foram exatos sete dias de pressão, apreensão e muita boataria. E Felipe Massa, honrando a condição de um dos favoritos ao título Mundial da Fórmula 1, mostrou não ter medo dos adversários. Partindo na pole position, o piloto da Ferrari foi absoluto. Manteve a ponta na primeira curva e manteve a corrida sob total controle. Os erros da Malásia não foram repetidos e Massa mostrou o desempenho que todos aguardavam desde a primeira prova do Mundial, na Austrália. Confiante e sem dar chances aos rivais, Massinha calou os críticos mais fervorosos que buscaram “fritá-lo” antes da hora. Com o objetivo de obrigar a Ferrari a escolher um de seus dois pilotos para a condição de nº 1 do time, a imprensa especializada – sobretudo a italiana – tratou de forçar um movimento pró-Raikkonen que poderia ganhar mais força caso o finlandês voltasse a superar Massa.

Mas o brasileiro mostrou ter a tão falada “estrela de vencedor”. Ao conquistar a terceira vitória de sua carreira, Massa deixou claro a todos que não só soube tirar melhor rendimento da Ferrari (Raikkonen terminou em terceiro), como ainda soube conter os investimentos da sensação Lewis Hamilton. O inglês da McLaren, partindo da 2ª posição, arriscou algumas manobras, mas não teve carro para duelar pela ponta com Felipe. No final, o resultado foi positivo para os três pilotos que figuraram no pódio. Para Massa, representou o recomeço num campeonato em que é apontado desde os testes de inverno como o grande favorito ao título. No caso de Hamilton, o terceiro pódio consecutivo na terceira prova disputada foi muito mais que o jovem poderia esperar. Por fim, para Raikkonen, o pódio em terceiro ao menos serviu para colocá-lo na ponta da tabela de classificação, dividindo tal posto com a dupla Alonso e Hamilton (os três pilotos somam 22 pontos cada um).

Por falar em Alonso, o espanhol não foi nem sombra do piloto vitorioso na Malásia. Apagado e ofuscado pelo desempenho acima da média de Hamilton, Fernando sucumbiu a uma inexpressiva quinta posição. Pior do que somar apenas 4 pontos na prova barenita foi o fato de Alonso sofrer a mais bela ultrapassagem da temporada. De forma arrojada, Nick Heidfeld mostrou que quando piloto e carro vivem uma boa fase, tudo fica mais fácil. O alemão completou pela terceira vez consecutiva na quarta posição com a BMW, somando agora 15 pontos no Mundial, apenas 2 pontos atrás de Massa, o quarto na tabela (17). Distante das primeiras posições, Rubens Barrichello viu de muito longe o seu compatriota vencer o GP do Bahrein. Criticando duramente o modelo RA 107 da Honda, o brasileiro foi apenas o 13º colocado, classificando o carro como “o pior que já guiou em toda sua carreira”. A Honda já procura soluções emergenciais para os crônicos problemas do carro e promete um novo modelo para o GP da Canadá. A Fórmula 1 volta dia 13 de Maio, com o GP da Espanha, no circuito da Catalunha, em Barcelona.

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08/04/2007 - Alonso dá show na Malásia e coloca McLaren na luta pelo título

Após a corrida na Austrália, a expectativa geral da imprensa e do público para a etapa da Malásia era por uma corrida que viria a ser dominada pela Ferrari. Mas tudo não passou de pura ilusão. Fernando Alonso e a McLaren mostraram ao mundo que o time italiano não terá facilidades para levar o título da temporada, mesmo contando com uma dupla de destaque, formada por Massa e Raikkonen. Na verdade, a Ferrari foi derrotada logo na largada da prova disputada em Sepang. Acuado pelos carros de Alonso e da sensação Lewis Hamilton, Felipe Massa não teve escolha. No intuito de evitar um enrosco, o brasileiro abriu mão de uma disputa mais ácida nos primeiros metros. No entanto, nas voltas seguintes, “pendurado” no acelerador, Massinha acompanhou de camarote a uma estratégia mais do que eficiente empreendida pela McLaren. Com Alonso disparado na ponta, a responsabilidade de Hamilton era evitar uma evolução de Massa. E o plano funcionou perfeitamente.

Arrojado, porém, abusando dos limites, Massa viu a corrida ir embora quando na tentativa de passar Hamilton acabou escapando para a brita. Além da derrota na disputa particular com o inglês, o brasileiro perdeu ainda mais duas posições, caindo para um apagado quinto lugar. E foi lá, na quinta posição, que Massinha viu acabar sua prova. A Ferrari não rendeu o esperado e nem mesmo contra a BMW de Nick Heidfeld o brasileiro conseguiu disputar. Melhor para Alonso - que se viu na obrigação de vencer na Malásia dando um verdadeiro passeio – e para a McLaren, que conquistou uma vitória após quase um ano e meio de jejum (última conquista havia sido no GP do Japão de 2005, com Raikkonen). Para completar a festa dos britânicos, Hamilton manteve o segundo posto obtido na largada e completou uma dobradinha surpreendente. Kimi fechou os três primeiros com a Ferrari.

Para Massa, o resultado não poderia ser mais decepcionante. Afinal de contas, a idéia de confirmar o bom momento com uma vitória acabou não vindo. Mesmo partindo da pole, o brasileiro se viu mais uma vez superado por Raikkonen, um companheiro de equipe tão rápido quanto perigoso. Distante da briga entre McLaren e Ferrari, a Renault esboçou uma ligeira recuperação, ao colocar Fisichella em sexto e o estreante Kovalainen na oitava posição. No entanto, muito pouco para um time que dominou a categoria nos dois últimos anos. Para Rubens Barrichello, mais uma corrida decepcionante. Após partir da última posição, o brasileiro fez uma prova arrojada para alcançar a 11ª posição com a Honda, resultado inexpressivo para quem esperava vencer provas neste ano. A Fórmula 1 volta no dia 15, com o GP do Bahrein, em Sakhir

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sábado, junho 16, 2007

18/03/2007 - O passeio do Ice Man: Raikkonen vence fácil GP da Austrália de F-1 e divide pódio com McLaren

Não teve para ninguém. Kimi Raikkonen dominou por completo o GP da Austrália de Fórmula 1 e iniciou de forma vitoriosa a sua trajetória na equipe Ferrari. Na primeira prova como substituto do heptacampeão Michael Schumacher, Kimi não deu chances aos adversários. Partiu na pole, abriu vantagem, fez a volta mais rápida e só perdeu a dianteira quando parou para reabastecimento. Ainda assim, o “Ice Man” voltou na ponta e completou as 58 voltas de seu “passeio” com quase dez segundos de vantagem sobre o segundo colocado, o atual bicampeão Fernando Alonso, da McLaren.

A prova em si foi morna em termos de disputa. Nada de muito emocionante no grupo intermediário. No pelotão da frente, destaque para o desempenho excepcional de Lewis Hamilton. O inglês de 22 anos, estreante na equipe McLaren, largou em quarto, assumiu o terceiro lugar logo na primeira curva e durante boa parte da prova manteve-se em segundo. Após uma parada mais demorada nos pits, Hamilton perdeu a posição para o companheiro de equipe (Alonso), mas ainda assim garantiu o terceiro lugar, conquistando um pódio mais do que merecido logo em sua primeira prova na categoria. Tal feito histórico e poucas vezes visto na Fórmula 1 não ocorria desde 1996, quando Jacques Villeneuve iniciou sua trajetória na categoria conquistando o segundo lugar também no GP da Austrália, a bordo de um carro da Williams.

Para os brasileiros, sensações diferentes na prova disputada em Melbourne. Para Felipe Massa, o sentimento é que diante do problema de câmbio, que lhe obrigou partir da 22ª posição (devido também a troca do motor Ferrari), o sexto lugar conquistado, além dos 3 pontos somados foi mais do que lucro. Massinha fez uma prova agressiva, dentro das limitações de quem parte tão de trás do grid. Para a corrida da Malásia, a próxima do calendário, Massa se enche de confiança ao dizer que Kimi não terá toda a facilidade encontrada em Albert Park.

Do outro lado, Rubens Barrichello é o reflexo do desapontamento. Que o modelo RA107 não era dos mais rápidos, isso Rubinho já sabia. No entanto, andar tão atrás no grid, chegar em 11º (uma volta atrás do vencedor) e ainda ver os carros da Super Aguri (subsidiária da Honda, espécie de time B) andando na frente, deixou o brasileiro decepcionado. Para não adotar mais uma vez o antigo discurso de “chorão”, Barrichello preferiu se acalmar e aguardar por melhorias no carro já para a próxima prova, o GP da Malásia, no circuito de Sepang, no dia 08 de Abril.

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