quinta-feira, setembro 21, 2006

F-1: Boa Nelsinho, mas vamos com calma!!!

Nelsinho Piquet estreou nesta semana como piloto de testes da Renault e de cara deixou uma boa impressão no time. Também, não seria para menos. Em três dias de atividades no tradicional circuito de Silverstone, o vice-campeão da GP2 foi o mais veloz em duas oportunidades. Testando evoluções do carro, que serão utilizadas nas três últimas provas do Mundial 2006 da Fórmula 1, Nelsinho não só mostrou uma rápida adaptação ao R26, como ainda superou o finlandês Heikki Kovalainen, piloto de testes da equipe que em 2007 será titular, substituindo o espanhol Fernando Alonso. Uma boa participação nos testes representa sem dúvida alguma um bom e próspero início de Piquet no time francês, mas deve ser tomado com cautela. Começar bem é bem melhor do que bater e logo de cara fazer lambança, mas mesmo assim, conter o entusiasmo é essencial num momento tão importante de adaptação à equipe, ao carro e aos pneus.

Se Nelsinho estreou pela Renault, Lewis Hamilton também tratou de ter o seu dia de debutante pela McLaren. Após conquistar a temporada 2006 da GP2, derrotando justamente o piloto brasileiro, Hamilton testou pela primeira vez um carro da McLaren nesta semana. E da mesma forma que Nelsinho, deixou no time inglês uma boa impressão. Após ser o quarto mais rápido na quarta-feira, Lewis mostrou uma boa adaptação ao carro do time de Ron Dennis e superou o espanhol Pedro de la Rosa (titular do time) nesta quinta-feira, ficando atrás somente de Piquet e Kovalainen. Para um primeiro teste, nada mal. No entanto, o mesmo discurso de Nelsinho deve ser adotado. Cautela, calma e cabeça no lugar. No entanto, no caso de Hamilton, a questão é um pouco diferente. O inglês sabe que, se mostrar serviço, poderá ser elevado ao posto de titular da equipe. Já Nelsinho vislumbra a possibilidade de garantir um cockpit apenas em 2008, uma vez que a Renault já confirmou que Fisichella e Kovalainen formarão a dupla de pilotos para a próxima temporada.

segunda-feira, setembro 18, 2006

F-1: Testando em Silverstone, Nelsinho estréia como piloto de testes da Renault

Nelsinho Piquet estréia nesta terça-feira como piloto de testes oficial da Renault. O brasileiro, vice-campeão da GP2 nesta temporada, terá seus três primeiros dias de teste nesta semana, no circuito de Silverstone, na Inglaterra. Treinando ao lado do finlandês Heikki Kovalainen, confirmado para o posto de titular do time francês no próximo ano, Nelsinho começará a conquistar seu espaço em busca de um cockpit na temporada de 2008, possivelmente no lugar de Giancarlo Fisichella. Mas como diria o filósofo, vamos por partes: cada coisa na sua hora. O momento agora é para que Piquet consiga se tornar parte do grupo, conhecer o carro assim como a equipe. Nesta linha, Nelsinho certamente terá um caminho seguro a percorrer e o melhor de tudo: correndo por uma equipe de ponta, que realiza altos investimentos e que luta pelos títulos mundiais de pilotos e de construtores.

F-1: Alonso chia, critica FIA, F-1, Schumacher...e a rivalidade com o alemão só cresce

Fernando Alonso foi literalmente "roubado" em Monza, chiou, criticou a Fórmula 1, disse que a categoria não é mais um esporte, criticou as regras e o sistema, e como "gran-finalle", decidiu bater de frente com o rival direto na luta pelo título, ninguém menos do que o alemão Michael Schumacher. Usando um discurso duro contra o alemão, o líder do Mundial disse que Schumacher se despedirá das pistas como o piloto mais anti-desportivo que a categoria já viu. Exagero? Com certeza. Atitude completamente condenável? Nem tanto. Alonso está furioso com tudo que lhe aconteceu nesta fase final de campeonato.Não bastasse a "queda" da Michelin devido à proibição dos amortecedores de massa (fato que obrigou a Renault a utilizar pneus mais duros do que os que vinham sendo usados) o espanhol assistiu a um beneficiamento claro promovido pela FIA em relação à Ferrari. E a reação não poderia ser outra: revolta.

Alonso não está morto na luta pelo título. Aliás, muito pelo contrário. Acredita no bi, diz que o carro melhorou muito e que tem chances de vencer pelo menos as duas próximas etapas (China e Japão). Em um ponto podemos garantir: se alguém dizia que Alonso era um piloto frio, pode esquecer. O espanhol certamente arriscará tudo o que tiver direito nas próximas corridas. Afinal de contas ele tem apenas um objetivo em mente: derrotar o maior piloto de todos os tempos e levar seu segundo caneco para casa. Digamos que mexeram com a fera. E de outro lado, o empresário de Schumacher (o mafioso Willy Weber) já afirmou que seu piloto responderá aos desaforos de Alonso na pista, e não com palavras. Agora, resta aguardar por mais este capítulo da mais recente rivalidade da Fórmula 1.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Especial Schumacher: A era, os recordes, os títulos, as vitórias...

Michael Schumacher anunciou neste fim de semana, após uma convincente vitória no GP da Itália, em Monza, que depois do GP Brasil deste ano (em 22 de Outubro) vai pendurar o capacete e se dedicará única e exclusivamente a sua família e aos seus hobbies (leia-se ski e futebol). Desde o GP da Bélgica de 1991 - quando estreou oficialmente na categoria guiando pela equipe Jordan, em substituição ao piloto Bertrand Gachot (este foi preso após brigar com um taxista) - Schumacher disputou 247 corridas, vencendo nada menos do que 90 vezes.

Em 15 Mundiais disputados, saiu vitorioso em sete e após a vitória deste domingo, ampliou as chances de lutar com Fernando Alonso pelo campeonato deste ano (pode ser o oitavo do alemão ou o segundo do espanhol). Entre outras marcas deste alemão - considerado o maior piloto da Fórmula 1 em números - destacam-se os recordes de pole positions (68), de melhores voltas (75), de voltas na liderança (5.046) e de nº de pontos (1.354). Para homenagear Schumacher e mostrar os melhores e mais conturbados momentos da carreira do alemão, o PIT STOP disponibiliza uma pequena seleção de fotos (obtidas junto ao site Grande Premio, do companheiro Flávio Gomes) que ilustram os sete títulos mundiais de Schummy. Vale a pena ver e guardar!
1994 e 1995 - Pela Bennetton, Schumacher não só conquistu seus dois primeiros títulos, como mostrou que era no mínimo diferenciado. É bem verdade que certas irregularidades marcaram suas conquistas, como a "trapaça" de Adelaide-94, quando o alemão jogou seu carro para cima do inglês Damon Hill na ânsia de garantir sua primeira taça. No ano seguinte, as coisas foram mais fáceis para Schummy. Com Hill, o jovem Coulthard e até com o retorno "tapa-buraco" do leão Nigel Mansell, Michael levou o segundo título e em seguida foi contratado pela Ferrari com a missão de ser o "salvador" da pátria do time italiano.
2000 e 2001 - Após perder o título de 98 para Mika Hakkinen e de se ver afastado das pistas após um grave acidente em Silverstone-99, Schumacher fez de 2000 o ano de sua consagração. Ao quebrar o jejum de títulos da Ferrari, que não vencia um campeonato desde 1979, com o sul-africano Jody Scheckter, Michael caiu definitivamente nas graças do time. No ano seguinte, em um campeonato bem disputado, o alemão voltou a vencer e mostrou ao mundo que seu objetivo seria de igualar o recorde de conquistas da lenda argentina Juan Manuel Fangio.
2002 e 2003 - O ano de show da Ferrari foi também chamado de "campeonato da Marmelada". Os acontecimentos na Áustria e nos EUA marcaram negativamente o Mundial e tiraram um pouco do brilho da conquista. Schumacher chegou ao penta de forma tão facilitada que poucos se interessaram no campeonato. Em 2003, após tantos anos sem grandes disputas, eis que três pilotos chegaram nas duas últimas provas lutando pelo título. Além de Schumacher, Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya foram os protagonistas do Mundial e mostraram-se aptos a roubar a coroa do alemão. Mais tudo ficou só na ameaça. Montoya saiu logo da disputa e Kimi ficou a um ponto do título. No final, 92 pontos para Schummy e 91 para o finlandês. E o hexacampeonato no bolso do alemão.
2004 - O grande ano da "Era Schumacher" representou o maior domínio de um piloto na história da Fórmula 1. O alemão venceu nada menos que 13 das 18 corridas disputadas (recorde), somou 148 pontos (recorde) e registrou tantas e tantas dobradinhas com o companheiro Rubens Barrichello. Além de conquistar o Heptacampeonato, Schumacher mostrou ao mundo que - pelo menos em números - será difícil alguém um dia superá-lo. O piloto que um dia sonhava em chegar à Fórmula 1 não só alcançou tal objetivo como se juntou às lendas da categoria, como Fangio, Clark, Stewart, Fittipaldi, Prost, Piquet, Mansell e Senna.
Agora, Schumacher espera adicionar a esta galeria de momentos históricos de sua carreira, uma foto de 2006 que represente a sua "virada" no campeonato sobre o espanhol Fernando Alonso. Apesar de confiante, o alemão sabe que não será fácil. Apesar da ascensão demonstrada nas últimas provas, Michael sabe que nas últimas três corridas a Renault virá com força total e terá um Alonso ainda mais empenhado em se manter na dianteira. Afinal de contas, vale relembrar que o espanhol - apesar da quebra de seu motor em Monza - ainda é o líder do certame com 108 pontos, dois pontos à frente de Schumacher (106).

F-1: Schumacher passeia em Monza, acirra luta pelo título e anuncia aposentadoria para o fim do ano

Certamente o GP da Itália de Fórmula 1 de 2006, disputado no circuito de Monza, será eternamente lembrado pelos amantes da velocidade como o dia em que - além de vencer - o maior piloto de todos os tempos (pelo menos em números) anunciou a sua retirada definitiva das pistas para o fim da temporada. No melhor estilo que o consagrou (vencendo uma corrida fazendo uso de sua inseparável estratégia), Michael Schumacher confirmou ao mundo que as três últimas etapas do atual campeonato também serão as derradeiras de sua tão vitoriosa carreira. Após conquistar sete títulos mundiais, Schumacher terá em 2006 a última chance de buscar a oitava taça, algo que após a prova na terra dos tifosi se tornou mais próximo da realidade. Não bastasse conquistar a 90ª vitória de sua carreira e a 6º no Mundial (além da 5ª em Monza), Schummy viu seu rival direto na luta pelo título ficar no meio da disputa, o que reduziu sua desvatagem no Mundial de 12 para míseros 2 pontos.
A grande verdade é que o fim de semana parecia fadado ao insucesso de Alonso. Ou melhor. As forças de Monza pareciam todas voltadas contra o espanhol. Após ter uma sexta-feira normal, o atual campeão mundial enfrentou um problema logo no treino classificatório, ao ter o pneu Michelin dechapado, o que prejudicou qualquer pretensão de luta pela pole. Ainda assim, o piloto da Renault retornou à pista e garantiu um heróico quinto tempo. No entanto, numa atitude mais do que contestável, eis que os comissários de pista inventaram uma punição "sem pé nem cabeça" que jogou Alonso para a 10ª posição no grid. A alegação teria sido que Fernando atrapalhou o brasileiro Felipe Massa em sua volta lançada. Uma verdadeira lorota, que apenas se juntou às práticas realizadas nas últimas provas, como a proibição do uso dos amortecedores de massa e tantos outros acontecimentos. Na corrida, a vida de Alonso seguiu complicada.

Após uma prova de recuperação mais do que batalhada, eis que o motor do modelo R26 "abriu" o bico e deixou o espanhol a pé justamente na reta de Monza, quando ainda restavam 10 voltas para a bandeirada. Fernando era terceiro e mantinha seus 8 pontos de vantagem sobre Schumacher. Exatamente. Mantinha. Ou seja, isso já é coisa do passado. Com o infortúnio do piloto das Astúrias, Schumacher pôde celebrar na casa de seu time um fim de semana dos sonhos: vitória, aposentadoria anunciada, invasão de pista, quebra de Alonso e luta pelo título. Nem mesmo um roteiro produzido por um fanático ferrarista poderia prever uma sucessão de acontecimentos tão favoráveis ao alemão. Neste sentido, Schumacher ainda contou com uma certa "mãozinha". Partindo na pole, Kimi Raikkonen não esboçou qualquer tentativa de buscar a vitória e mostrou-se plenamente satisfeito com a segunda posição.

A explicação para tal "falta de empenho" é fácil de ser compreendida e apenas reflexo do que seria anunciado logo após a corrida. Na coletiva de imprensa tão logo acabou a festa da champagne, Schumacher confirmou que pára após o GP do Brasil (22 de Outubro) e a Ferrari ratificou que a dupla para 2007 será formada por Massinha e pelo tão falado Raikkonen (sim, o mesmo que abriu mão da vitória. Coincidência? Não, de forma alguma quando o assunto é Ferrari). No pódio, impossível não falar do destaque da prova. O polonês Robert Kubica comprovou toda a sua estrela de grande piloto ao conquistar para a BMW-Sauber um mais do que merecido terceiro lugar, após duelar com Massa e Alonso.

Agora, passados os anúncios tão esperados e a confirmação das duplas de pilotos que pareciam mistérios guardados à sete chaves, a grande expectativa da mídia e dos torcedores se volta para a disputa da fase final do campeonato. Com três provas para o fim e apenas 2 pontos separando os dois postulantes ao título (108 para Alonso e 106 para Schumacher), a Fórmula 1 aguarda por aquela que promete ser uma das mais acirradas decisões de campeonato dos últimos tempos. Para as duas provas na Ásia (China em 01/10 e Japão, 08/10) a expectativa de Alonso e da Renault é de que o time francês dê as cartas, beneficiado pelas temperaturas amenas e pela conseqüente adaptação dos pneus Michelin.

Já a Ferrari aposta alto na última etapa, em Interlagos (22/10), encerrando o Mundial. Os italianos já venceram muitas vezes em solo brasileiro e os compostos da Bridgestone tendem a render bem. Na verdade, resta mesmo esperar para ver. Fazer prognósticos neste momento do certame se torna exercício de pura "futurologia", algo que em nada tem a ver com o automobilismo. A nós, resta torcer para que as disputas sejam as mais emocionantes possível, e que Alonso e Schumacher façam desta decisão uma das melhores desde os tempos áureos de Senna e Prost.

F-1: Notas para os pilotos GP da Itália (15ª etapa)

1 - Michael Schumacher - 9,0 = teve um carro superior aos demais durante todo o fim de semana, mais nem precisou tirar o máximo da Ferrari para vencer de maneira tranqüila. Não fez a pole, mas nem precisou disso. Correu mais preocupado em como faria o anúncio de sua aposentadoria logo após a corrida. É um fenômeno das pistas que faz o que mais gosta na vida de uma forma tão tranquila que tudo parece fácil. Certamente lutará roda a roda pelo título com Alonso e em 2007, fará muita falta ao circo da Fórmula 1.

2 - Kimi Raikkonen - 7,0 = pole no sábado, nem de longe ameaçou a vitória de Schumacher no domingo e parece nem ter se empenhado em buscar tal resultado. Mais parecia um piloto da Ferrari do que da McLaren. É rápido quando precisa, o que interessa a qualquer time e certamente terá sucesso como companheiro de Massa na próxima temporada. No entanto, não empolga nem em seu jeito de lutar por uma vitória, muito menos ao comemorar um resultado. No pódio, parecia que tinha chego em último e não em segundo. Não nega ser finlandês.

3 - Robert Kubica - 10,0 = o grande destaque do fim de semana. Bem na classificação, fez excelente largada, saindo de sexto e pulando para terceiro, dividindo a primeira curva com ninguém menos do que Michael Schumacher. Durante a prova, segurou Massinha e ainda duelou de igual para igual com Alonso. No fim, após a quebra do espanhol e dos problemas de pneu do brasileiro, pode conquistar sem maiores dificuldades o primeiro pódio na Fórmula 1 logo em sua terceira corrida, algo fantástico para um estreante.

4 - Giancarlo Fisichella - 5,0 = correndo em casa, o italiano fez até mais do que se esperava dele. Sempre mais lento do que Alonso, viu o companheiro voar na pista e quase subir no pódio. No fim, Fisico (fazendo apenas uma parada nos boxes) conseguiu o quarto lugar, além de cinco pontos na tabela. Já Fernando abandonou e não levou nenhum ponto para casa. A Renault ainda não é o mesmo carro do início do ano, mas melhorou e certamente estará mais forte para as últimas três provas.

5 - Jenson Button - 6,0 = após os problemas nos novos motores Honda (que estouraram na sexta-feira e impossibilitaram que tanto ele quanto Barrichello fossem para a pista), o inglês teve uma boa atuação no fim de semana. Bem na classificação, largou em quinto e por lá ficou. Duelou com a Alonso mas perdeu a posição após os pits e só recuperou devido aos problemas do espanhol e de Massinha.

6 - Rubens Barrichello - 5,0 = com os mesmos problemas do motor Honda, fez o que era possível no circuito de Monza. Voltou a andar atrás do companheiro de equipe e só chegou onde chegou porque ousou na estratégia, fazendo apenas uma parada. Ainda não tem o carro com que sonhava, mas a equipe parece ter encontrado o caminho certo para um melhor desenvolvimento.

7 - Jarno Trulli - 4,0 = com um carro lento como a Toyota tem se mostrado durante o ano, o italiano salvou dois pontinhos. Certamente é um time que vem decepcionando pelas fracas atuações e pelo carro que não é nem sombra do que era em 2005. Os pneus Bridgestone ajudam em algumas pistas, mas em outras nem afetam o desempenho. No mais, os dois pilotos também estão longe de serem fantástico, o que ajuda na escassez de bons resultados.

8 - Nick Heidfeld - 3,0 = terceiro no grid, poderia ter ido muito melhor se não fosse a primeira volta desastrosa (quando teve problemas de aquecimento nos pneus) e a punição por excesso de velocidade nos pits. Assistiu o companheiro de equipe subir ao pódio num lugar que poderia ter sido seu. Piloto rápido, mas que abusa de certos erros que sempre fazem parte de suas provas. Punições como a deste domingo acabam com qualquer sonho de somar mais pontos ou de beliscar um pódio.

F-1: Renault esbraveja, protesta e Alonso diz que "F-1 não é mais esporte"

Após mais um episódio do que classificou como "manobra para fazer Schumacher campeão", a Renault parece ter se cansado de uma vez por todas da atual situação do Mundial de Fórmula 1. Não bastasse a queda de rendimento apresentado nas últimas provas, Flavio Briatore e Fernando Alonso resolveram colocar a "boca no mundo". Em companhia de Pat Symonds, um dos diretores do time francês, a dupla campeã mundial em 2005 afirmou em coletiva de imprensa antes do GP da Itália, que após tantos acontecimentos envolvendo a decisão do Mundial deste ano, a equipe (principalmente Alonso), não considera mais a Fórmula 1 como um esporte.

A declaração - bombástica em se partindo de uma equipe que nitidamente vem sendo prejudicada pelo mandos e desmandos da Federação Internacional de Automobilismo - reitera a postura da equipe em não admitir mais situações como a vivida em Monza (quando Alonso recebeu uma punição fora de propósito que jogou-lhe para a 10ª posição, e que veio a lhe prejudicar toda a corrida). Além disso, tanto o espanhol quanto Briatore enfatizaram que lutarão até o fim do Mundial pelo tão sonhado bicampeonato, mesmo que para isso seja preciso vencer o sistema. Agora, resta aguardar para ver!!!

quinta-feira, setembro 07, 2006

F-1: Renault confirma Kovalainen e anuncia dupla brasileira como test drivers

Depois de muitas idas e vindas, boatos, rumores e muito blá blá blá, enfim a equipe Renault deu um fim ao mistério e anunciou sua dupla de pilotos para a próxima temporada do Mundial de F-1. Com Giancarlo Fisichella já confirmado, a novidade ficava apenas pelo segundo nome. E a solução veio do quintal do time. Os franceses trataram de promover o jovem Heikki Kovalainen ao posto de titular da equipe, após uma temporada como piloto de desenvolvimento do time e um ano como test driver. Vice-campeão da GP2 em 2005, Heikki é rápido, erra pouco e atende exatamente ao que a Renault precisa depois da saída de Alonso: tem pinta de campeão. De Fisichella, sabe-se que ele já deu o que tinha que dar. É rápido, mas nem tanto. É talentoso, mas fica só nisso. É irreverente e querido pelo time, mas não ganha corrida. Para Flavio Briatore, seria muito melhor que ele apenas ganhasse corridas. Mas isso foi justamente o que Fisico fez de menos. Em dois anos conseguiu apenas duas vitórias circunstanciais e sua situação só piora quando comparado com o companheiro de equipe. De 2005 para cá, Alonso venceu 13 provas e ainda levou um título Mundial para casa. A esperança é que Heikki seja "vencedor" como Alonso, e não somente "simpático" e "mais ou menos veloz" como vem sendo Fisico.

Para completar a fatura, a Renault fez ainda mais dois anúncios: confirmou a permanência de Flavio Briatore por mais duas temporadas e contratou uma nova dupla de test drivers. Ricardo Zonta e Nelsinho Piquet serão os reponsáveis diretos pelo desenvilvimento dos pneus e do novo modelo do time. Com a experiência de muitos anos de teste pela Toyota e um bom conhecimento dos pneus Bridgestone (únicos que serão utilizados no próximo ano), Zonta é uma boa pedida para o momento. Já Nelsinho é uma promessa que pode se tornar realidade nos próximos anos, caso seja bem trabalhado pela equipe. As línguas mais afiadas já tratam de aposentar Fisichella ao final de 2007 e promover a estréia de Piquet Jr. na temporada seguinte.Vamos aguardar. Por enquanto, o que interessa mesmo é a definição do Mundial deste ano.

Mundial de Rali (Japão) e mais uma etapa da Stock Car (Santa Cruz do Sul)

O fim de semana não foi recheado de corridas, mas as disputas deste domingo valeram a pena. No Mundial de Rali, o francês Sebástien Loeb mais uma vez confirmou que é o grande nome a ser batido, independente do tipo de pista (asfalto, terra, neve ou cascalho). Veloz, constante e mais do que preciso em sua pilotagem, o francês vem colecionando recordes, vitórias e títulos. Neste domingo, com a vitória no Rali do Japão, Loeb alcançou seu sétimo triunfo na temporada e o 27º no WRC, recorde absoluto da categoria (a antiga marca, de 26 vitórias, pertencia ao espanhol Carlos Sainz, bicampeão nos anos de 90 e 92).

Na etapa do Japão, os adversários bem que tentaram pôr fim ao domínio do piloto da Citröen. No entanto, mesmo quando não se encontra em seus dias de maior inspiração Loeb ainda consegue ser superior aos demais. Pior para a dupla da Ford, formada pelo também bicampeão Marcus Groholm e pela revelação Mikko Hirvonen, que completaram respectivamente na segunda e terceira posições. Em termos de campeonato, Leob segue tranquilo para conquistar mais um título (o que seria seu tricampeonato). Uma observação importante mostra algo interessante sobre Loeb: Sebástien conquistou seus dois títulos correndo pela equipe de fábrica da Citröen e agora, mesmo atuando por um time independente da marca francesa, vem sendo tão superior quanto antes. A explicação para tal é básica: piloto bom tem dessas coisas. Quando o equipamento não é o melhor, eis que o braço e o talento fazem a diferença.

Já no Brasil, as emoções do fim de semana ficaram por conta da Stock Car Brasil, que assistiu a sua 7ª etapa, em Santa Cruz do Sul (RS). Numa corrida com grid "abarrotado", as já tradicionais batidas deram clima à prova. Na ponta, o pole Luciano Burti desfilou seu estilo técnico por 22 voltas. Sem erros ou atropelos, o piloto da Acton-Power partia tranqüilo para a sua primeira vitória na categoria, quando a transmissão de seu Bora tratou de deixá-lo a pé. Assim, a vitória caiu no colo de Ruben Fontes. O goiano - então segundo colocado - não teve trabalho para completar a prova na primeira posição, garantindo sua segunda conquista na categoria. Rodrigo Sperafico (companheiro de Ruben no time de Jorginho de Freitas) completou a dobradinha. Sem o melhor carro da pista, Cacá Bueno completou o pódio ao chegar em terceiro e ampliou sua vantagem em relação ao vice-líder Hoover Orsi (116 a 85).