Lewis Hamilton já havia feito de tudo em seu ano de estréia na Fórmula 1. Venceu corridas, conquistou pole positions nos minutos finais da classificação, cravou melhores voltas nas provas e ainda soube conservar durante a temporada a liderança do Mundial. No entanto, faltava a Hamilton uma atuação de destaque em uma corrida na chuva. Pois bem, já não falta mais. A vitória de Lewis no GP do Japão de F-1 foi uma das mais belas apresentações de um piloto nos últimos anos da categoria. Com 22 anos, o piloto da McLaren mostrou - sob condições adversas - um domínio soberbo do carro, que só os grandes pilotos apresentam. Debaixo de uma chuva intensa que castigou a região do remodelado circuito de Monte Fuji, o fenômeno inglês não só garantiu o quarto triunfo da temporada, como ainda pôs “uma mão” no título.
Para consolidar a conquista do campeonato, Hamilton precisa apenas chegar à frente de Alonso no GP da China, a próxima etapa do Mundial. Alonso que, por sinal, pode ter jogado o campeonato pela “janela”. Após largar na segunda posição e se manter lá até a metade da prova, o espanhol sofreu no restante da corrida. Andando mais pesado (com mais combustível no tanque, com o intuito de fazer apenas uma parada), Fernando sofreu nas disputas no pelotão intermediário. Guiando no limite para tentar recuperar espaço na prova, Alonso errou, aquaplanou, bateu forte e disse adeus à prova e, possivelmente, ao tricampeonato.
Quem mereceu elogios debaixo de chuva foi o finlandês Heikki Kovalainen. Com o limitado carro da Renault, Heikki segurou no braço, por mais de 15 voltas, o compatriota Kimi Raikkonen, que com a Ferrari, realizava fantástica corrida de recuperação. No entanto, Raikkonen ficou ali, em terceiro. Kovalainen comemorou muito a segunda posição – merecida, diga-se de passagem – que representou o primeiro pódio no ano da equipe Renault e o primeiro da carreira do jovem piloto na F1.
Mais uma vez prejudicado por erros da Ferrari, Felipe Massa fez uma prova de recuperação. Após rodar nas primeiras voltas, sofrer uma punição e ainda fazer uma parada a mais que os adversários – devido a um erro na escolha dos pneus para chuva – o brasileiro terminou na sexta posição. No entanto, mais belo do que a atuação do piloto foi o duelo final com o polonês Robert Kubica. Na última volta da prova, Massa e Kubica protagonizaram uma disputa que há muito tempo não se via. Tocando rodas, os dois se mantiveram lado a lado por quase meia volta, numa luta feroz pela sexta posição. No final, Massa levou a melhor, deixando o sétimo posto para Kubica. No entanto, o que menos importou foram os pontos somados. Numa categoria em que as disputas são tão raras, nada melhor do que demonstrações de arrojo em excesso, que resgatam os bons tempos da Fórmula 1.
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