Um novo Senna brilha nas pistas. Mas vamos com calma!
Um novo Senna começou a brilhar nas pistas neste final de semana. No circuito de Albert Park, em Melbourne, o brasileiro Bruno Senna foi vencedor de três de quatro provas disputadas por carros de F-3 na Austrália, como parte da programação para o GP da Austrália de F-1. Além do capacete e da fisionomia, Bruno carrega no nome a marca do seu tio, ninguém menos do que o tricampeão Ayrton Senna.
Sobrenomes famosos sempre abriram portas na carreira de qualquer piloto. Os casos de Jacques Villeneuve, Nelsinho Piquet e Nico Rosberg são alguns casos na atualidade que nos mostram como ser filho ou apenas parente de alguém importante faz diferença no futuro profissional. No entanto, também são quase incontáveis aqueles que tiveram uma carreira mais breve, justamente pela pressão ser maior em seu ombros.
Bruno venceu três provas neste fim de semana, mas que ninguém venha dizer que o piloto é uma estrela em ascensão que deverá despontar como promessa do automobilismo. Bruno corre de fórmula há 2 anos e com seus 22 anos, tem tudo para fazer em 2006 seu primeiro ano competitivo na F-3 Inglesa. Dizer que o filho de Viviane Senna tem o mesmo estilo de pilotagem do tio Ayrton, bem como as qualidade em guiar na chuva, soam como algo fora de contexto, pelo menos no momento. Características como determinação e vontade podem ser iguais, só que neste caso, todo e qualquer piloto pode apresentá-las, sem necessariamente ter o sobrenome famoso. O próprio Bruno admite que ainda tem muito a aprender na carreira. Tanto é que, no início do ano, recusou um convite da Petrobras para testar pela equipe Williams. Agora, a esperança é que a imprensa também dê tempo para Bruno se aperfeiçoar, sem pressioná-lo a fazer algo impossível: substituir o tio Ayrton.
1 Comments:
Em um país tão carente de títulos na atualidade, carregar o sobrenome Senna, não vai ser nada fácil para o Bruno. A pressão vem de todos os lados: passado, com um tio campeão, torcida, carente de conquistas, imprensa, principalmente a Globo, atrás de um novo nome que faça o Brasil acordar para ver F1, seja a hora que for, até mesmo a família, que claro, ainda convive com a perda de Ayrton.
Então acredito que Bruno vá depender muito mais de sua maturidade do que propriamente talento para chegar longe.
Vamos torcer e deixa-lo "trabalhar em paz"...
Postar um comentário
<< Home