Di Grassi: sorte em desfecho com a Renault

Vida de piloto não é das mais fáceis. Independente de um campeonato ser regional, nacional ou internacional, informações de bastidores e movimentações fora da esfera esportiva acabam tendo papel decisivo em certos momentos da carreira de um piloto. Apesar de ter sido prejudicado num primeiro momento, o brasileiro Lucas Di Grassi agora acredita que acabou levando sorte, ao não queimar sua carreira num momento errado. A revelação do mais novo representante brasileiro na F-1 aconteceu nesta quinta-feira, em São Paulo.

De forma resumida, Lucas esteve ligado à equipe Renault nos dois últimos anos. Com a limitação dos testes, o brasileiro exerceu o posto de piloto reserva do time. Em 2008, não teve qualquer chance. No entanto, no fim do ano passado, ao tentar uma vaga na extinta equipe Honda, Di Grassi perdeu seu espaço como 1º piloto reserva da Renault. Após as negociações naufragarem com os japoneses da Honda - que viram o time se transformar na Brawn GP - Lucas voltou a Renault, mas agora na condição de 2º piloto reserva.

Após a revelação do escândalo envolvendo o GP de Cingapura de 2008, Nelsinho Piquet foi demitido e o francês Romain Grosjean foi alçado ao posto de companheiro de Fernando Alonso. E justamente neste momento Di Grassi levou a sorte grande. Segundo o brasileiro, que guiou o carro em testes coletivos em Jerez de La Frontera, no início deste mês, o modelo R29 da Renault era extremamente ruim, sem performance e difícil de ser controlado.

Prova da falta de desempenho do carro é que nem mesmo o bicampeão Alonso conseguiu tirar muita coisa dele, a não ser um mísero pódio. Com fracas atuações, muito em virtude do carro, Grosjean queimou sua carreira na F-1, tanto que não é cotado por nenhuma equipe para 2010. Enquanto isso, Di Grassi já está definido com a Virgin e terá tempo de sobra para se preparar, visando sua estreia no dia 14 de março de 2010, no GP do Bahrein. Como diz o velho ditado, na vida de um piloto, sempre há males que vem para bem.