segunda-feira, abril 24, 2006

Coluna PIT STOP: Será que Schumacher voltou? Façam suas apostas!

Um dia depois de quebrar um jejum de vitórias que já durava quase um ano - ou exatos 13 GP's - eis que Michael Schumacher é o grande assunto do fim de semana esportivo. Também, não era para menos. O heptacamepão só não fez, literalmente, chover em San Marino. Na 4ª etapa da temporada, o alemão registrou a pole, ao mesmo tempo superou o último recorde de Ayrton Senna, venceu a corrida e o mais importante: mostrou a Alonso que, para vencer, não basta ter um bom carro. Em Imola, Schummy era nitidamente mais lento do que o espanhol, principalmente nas 30 voltas finais. No entanto, beneficiado pelos inexistentes pontos de ultrapassagem no circuito Enzo e Dino Ferrari, Schumacher manteve Fernando sob controle e pôde vibrar como nunca com a 85ª vitória da carreira, uma marca tão absurda que põe no chinelo os demais pilotos em atividade, que ostentam 13 (Coulthard), 11 (Villeneuve), 10 (Alonso), 9 (Raikkonen e Barrichello), ou 7 vitórias (Montoya).

No entanto, na atual realidade da Fórmula 1, Schumacher já não conta com todo o favoritismo de alguns anos. O carro que tem em mãos já não é o mesmo que lhe possibilitou vencer 13 corridas num mesmo ano, como o fez em 2004. Em Imola, o alemão venceu, fundamentalmente, porque correu praticamente no quintal da Ferrari (uma vez que a fábrica de Maranello fica próxima dali) e a Renault errou na estratégia. Após assistir a tantas vitória de Schummy fazendo uso de paradas rápidas nos boxes, o time francês não soube usar tal artimanha para derrotar exatamente o alemão. Alonso antecipou sua parada em duas voltas e se deu mal, voltando atrás do heptacampeão. Mas para o espanhol - este sim, o grande favorito ao título - tanto faz tanto fez.

Com o carro que tem em mãos, tão veloz quanto competitivo, Alonso pode administrar sua já confortável vantagem no campeonato sem grande esforço. Somando 36 pontos, de 40 possíveis, o atual campeão mundial me faz acreditar num ponto: Schumacher pode até vir a vencer mais corridas neste ano, mas não terá carro capaz de levá-lo a oitava taça de campeão. Alonso tem tudo para ter na McLaren (que foi 3ª com Montoya e 5ª com Raikkonen), a grande adversária até o fim do Mundial. Na próxima etapa, o GP da Europa, em Nuburgrinrg, justamente na casa da Mercedes (parceira da McLaren) a verdade do campeonato deverá ser mesmo estabelecida. Façam suas apostas. Eu já fiz as minhas!