quinta-feira, março 16, 2006

Pan 2007: Imbróglio continua em Jacarepaguá

A disputa entre a Confederação Brasileira de Automobilismo e a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro parece estar muito longe do fim. Após muitas discussões através da imprensa, a situação tomou outros rumos nesta semana.

A questão é que a CBA ganhou na justiça, na tarde desta quinta-feira, um efeito suspensivo impedindo que a Prefeitura do Rio dê seqüência às obras que pretende realizar no autódromo de Jacarepaguá visando a disputa dos Jogos Pan-Americanos de 2007. O recurso foi impetrado pelo advogado Felippe Zeraik, que representa a federação, após a juíza titular da 6ª Vara da Fazenda Pública, Jacqueline Lima Montenegro, ter indeferido o pedido de liminar no Mandado de Segurança impetrado pela CBA contra a RioUrbe, empresa que venceu a licitação pública para a realização das obras visando o Pan.

O juiz Pedro Freire Raguenet acatou as argumentações da entidade de que há possibilidade de lesão de grave e difícil reparo ao ambiente e ao circuito do Rio. No entanto, diante de total clareza no que diz respeito à suspensão das atividades, a Prefeitura do Rio deu de ombros para a justiça e seguiu realizando tais obras. A alegação do governo do prefeito César Maia é de que a Prefeitura possui documentos necessários que garantem a continuidade dos trabalhos na área do autódromo Nelson Piquet.

Em meio a todo esse imbróglio envolvendo as duas partes, quem perde mesmo é o automobilismo brasileiro. Afinal de contas, além da história de Jacarepaguá, que por tantos anos recebeu os Mundiais de Fórmula 1, F-Indy, Motovelocidade entre tantas outras categorias, o público apaixonado e os pilotos do país perdem mais um espaço importante. Desta forma, cada vez mais o esporte a motor nacional se vê dependente da estrutura solitária de Interlagos.