A mudança na Fórmula 1 para o uso de propulsores de oito cilindros parece ter proporcionado uma grande reviravolta nos times. Afinal de contas, após muitos anos usando os tradicionais motores V10 (propulsor em formato de V, contando com 10 cilindros), as equipes tiveram de se adequar a uma nova realidade, e a muitas dificuldades. Equipes como a Ferrari, por exemplo, jamais haviam produzido um motor de tal especificação em sua história, o que prejudicou toda e qualquer preparação. Coincidência ou não, o time italiano já fez duas vítimas para o GP da Malásia antes mesmo do início dos primeiros treinos livres.
Depois do escocês David Coulthard, da Red Bull, nesta quarta-feira foi a vez de Felipe Massa ser avisado de que terá seu motor Ferrari trocado para a segunda etapa do Mundial. O regulamento para este ano continua prevendo que um mesmo motor seja utilizado por dois finais de semana. Diante disso, a sua eventual troca força uma punição, traduzida pela perda de 10 posições no grid de largada. Em miúdos, se Massa fizer o primeiro tempo, partirá apenas em décimo primeiro; se for segundo, em décimo segundo e assim por diante...
A troca do motor, no entanto, não foi a pior notícia do dia para Massinha. Muito pior foi a atitude da Ferrari, que em uma nota assinada por Jean Todt, deposita no piloto brasileiro total parcela de culpa pela rodada inicial na prova do Bahrein. Já que Massa está estreando pela equipe, e é apenas um jovem de 24 anos, o time italiano poderia ter segurado um pouco a onda. Colocar esse rojão nas costas de Felipe só coloca ainda mais pressão no piloto, que na Malásia, já neste fim de semana, com certeza pilotará desesperadamente para apagar a péssima impressão deixada no circuito de Sakhir. É bem verdade que Todt elogiou Felipe, dizendo que o brasileiro andou praticamente no mesmo tempo das voltas de Schumacher, mas só isso seguramente não irá limpar a barra do brasileiro. Ele sabe que caso os resultados não apareçam, a pressão subirá...prova a prova!
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