terça-feira, março 28, 2006

Moss afirma que Fangio lhe recomendou uso de anfetaminas

O uso de drogas entre os pilotos – atualmente proibido pelo regulamento anti-dopping – era disseminado no automobilismo dos anos 50. A revelação é de Stirling Moss, tetra-vice-campeão mundial de Fórmula 1. Em entrevista à rede inglesa ITV, o ex-piloto confessou ter se drogado para vencer a “Mille Miglia” de 1955, um de seus mais aclamados títulos.

Segundo o inglês, o argentino Juan Manuel Fangio, companheiro de Mercedes-Benz, lhe deu algumas pílulas para ficar acordado. Moss afirmou não ter idéia do que era aquilo, mas confessou que funcionou bem em seu organismo.

Para total surpresa no meio automobilístico, Stirling disse que naquela época, todos os pilotos faziam uso de substâncias como a Benzedrina e a Dexedrina, principalmente em ralis. As duas substâncias citadas pelo piloto são anfetaminas, que estimulam o sistema nervoso central.
O ex-piloto confessou que tais substâncias seriam proibidas nos dias de hoje. De fato, o controle anti-dopping atual é severo. Em 2002, Tomas Enge perdeu o título da F-3000 por uso de maconha. Na época, os advogados do tcheco alegaram que a droga não lhe daria qualquer benefício esportivo, mas a FIA não recuou na decisão.