F-1: Massa corre sob pressão em Imola, após puxão de orelha do chefão Jean Todt

Durante esta semana, o diretor-esportivo da Ferrari, Jean Todt, foi bastante direto ao dizer: "O futuro de Felipe Massa na Ferrari começa neste fim de semana". E o francês não brinca quando fala sobre F-1, muito menos quando se fala de sua equipe. A grande verdade é que Massinha ainda não mostrou ao que veio na Ferrari. Pelo time italiano, Felipe somou 4 pontos e nada mais. É bem verdade que largou em 2º no Bahrein e que fez uma bela corrida de recuperação na Malásia, só que os erros no mesmo deserto de Sakhir e no GP da Austrália acabaram deixando a impressão de que Massinha ainda é um piloto inconstante, que tem mais pé pesado do que cabeça no lugar.

Com 24 anos e vindo de uma equipe sem grandes possibilidades - a Sauber - Felipe encontrou na Ferrari a grande chance de ser um piloto de ponta. Mas até agora não aproveitou tal oportunidade. O carro não tem ajudado neste início de campeonato - tanto que o próprio Schumacher tem penado com um equipamento muito aquém das expectativas - mas Massa tem feito bem menos do que se esperava em sua estréia na equipe italiana.

O povo brasileiro é mal acostumado. Viu Emerson, Piquet e Senna serem campeões e considera que todos os jovens pilotos não tem nem metade do talentos dos antigos campeões. A verdade é que as coisas na F-1 mudaram e os pilotos passaram a fazer menos diferença. O talento não é tão primordial quanto era antes. As diferenças são camufladas e os pilotos são considerados como seres iguais e não mais únicos. Felipe Massa tem um estilo próprio, que combina arrojo e velocidade. No entanto, se não souber buscar um equilíbrio, será sempre lembrado como apenas um piloto rápido, que um dia passou pela Ferrari. A hora de tentar se garantir no time italiano, visando o ano que vem, é agora. O próprio Jean Todt já avisou. Vale lembrar que Massa tem contrato apenas até o fim deste ano. Depois disso, só Deus e o presidente Luca di Montezemolo sabem.