F-1: Medo de demissão por justa causa levou Montoya a "migrar" para a Nascar

A edição desta semana da revista "F1 Magazine" revelou que o medo de receber um cartão vermelho da McLaren levou o piloto Juan Pablo Montoya a se apressar para não ficar por baixo. O colombiano foi convocado para uma reunião após o GP dos EUA, em que provocou um grave acidente que tirou, entre outros, seu companheiro Kimi Raikkonen. A inesperada saída de Juan Pablo deveu-se, segundo a publicação, às conseqüências da segunda curva da primeira volta em Indianápolis. O piloto acertou a traseira de Raikkonen — e, em efeito-dominó, levou Nick Heidfeld, Jenson Button e Scott Speed para fora. Naquela época, Montoya até achava que tinha chances de permanecer na McLaren para o ano que vem. No entanto, não só Norbert Haug, diretor da Mercedes, mas também Ron Dennis foram à loucura com a nova trapalhada de "El Gordito".

Era a segunda vez seguida que o sul-americano se via fora de uma prova em seu giro inicial (havia abandonado no Canadá de forma semelhante). Para ajudar a situação já complicada do piloto, Montoya ainda não estava cumprindo obrigações com patrocinadores. Diante de todo o imbróglio, a McLaren preparou uma reunião emergencial para 11 de julho cujo tópico principal seria o tema "explicações de Montoya". A reação do colombiano foi das piores e o piloto tratou de tomar alguma atitude. Desacreditado na McLaren, descartado por BMW e Red Bull e na dúvida se a Williams o aceitaria de volta, Juan tomou a decisão: ligou para o ex-patrão Chip Ganassi pedindo um emprego. Dois dias depois, o acordo foi formalizado. E mais dois dias, anunciado ao mundo. Em outras palavras, Montoya tratou de sair da Fórmula 1 antes que ela o expulsasse, diante de um mercado sem opções para o sul-americano.