F-1: Diante de remanejamento da equipe, Geoffrey Willis deixa a Honda

O site da revista "Autosport" informou nesta quarta-feira que o ex-diretor-técnico Geoffrey Willis deixou de ser funcionário da equipe Honda tão logo foi anunciado o remanejamento de postos na estrutura da cúpula. Willis estava sobrecarregado ao ter de dividir suas atenções no desenvolvimento do modelo RA106 com as de participar das decisões estratégicas em treinos e corrida nos fins de semana de GP. Vide o desempenho da Honda, Nick Fry decidiu deixá-lo apenas na parte aerodinâmica. A medida foi aplicada antes do GP da Inglaterra, onde Jacky Eeckelaert o substituiu. Mas ontem a escuderia japonesa optou por colocar Shuhei Nakamato no cargo de Willis. Não se sabe ainda se Willis "pegou o boné" ou se foi sumariamente demitido. A primeira opção é a mais provável, até pelo fato de Geoff ter trabalhado na fábrica durante o fim de semana em Silverstone.

Nenhuma das partes fala no assunto. Willis foi especialista científico da Tecnologia Marítima Britânica entre 1982 e 1987, ano em que entrou no mundo das competições: focou-se na área de hidrodinâmica da América's Cup, do iatismo. Em 1990 foi para a F-1, na finada Leyton House, como consultor. Logo pulou para a Williams, lá permanecendo por 13 temporadas. Desde 2002 estava com o grupo da BAR, atual Honda. A fábrica japonesa tinha planos bastante ambiciosos para 2006, sobretudo após a motivadora pré-temporada. No entanto, teve de mudá-los após notar que o modelo deste ano simplesmente não faz frente nem para a McLaren, o que dirá para Renault e Ferrari. Após oito provas disputadas, o time tem apenas um pódio, conquistado por Jenson Button, e míseros 29 pontos no Mundial, que representam muito pouco para quem investe mais de 300 milhões de dólares por temporada e que prometia tanto para este ano.