segunda-feira, junho 12, 2006

F-1: Honda decepciona em Silverstone e vive um princípio de crise

A Honda alinhou para o GP do Bahrein, em março, com fama de "promessa" do Mundial. Tinha feito uma ótima pré-temporada, formara uma dupla de pilotos rápidos e experientes e do lado de dentro do time, só se falava numa coisa: vitórias. Os mais otimistas arriscavam até uma eventual luta pelo título. Oito corridas depois, o time coordenado por Nick Fry e Gil de Ferran só levou um troféu para casa, do terceiro lugar de Jenson Button na Malásia. A equipe vinha pontuando com freqüência, é verdade, mas sempre “pingadinho” — somando dois, quatro ou cinco pontos. No GP da Inglaterra, no entanto, a situação foi outra. Correndo na segunda casa da equipe - uma das sedes fica em Brackley - o time simplesmente zerou, não conseguindo somar nenhum ponto com os dois carros. Com Jenson Button, piloto da casa, a decepção foi das maiores. Após largar de uma desastrosa 19ª posição, o britânico abandonou na oitava volta, vítima do estouro do motor Honda.

Sexto no grid, Rubens Barrichello voltou a ter os tradicionais problema no sistema de controle de tração e no final, teve de se contentar com a décima posição, a uma volta do vencedor Alonso. Rubinho alegou que o sistema de seu carro gera um corte do motor de maneira inadequada no meio das curvas, o que prejudica muito o desempenho, ainda mais quando se trata de uma pista de alta velocidade, como é o caso de Silverstone. Em meio a tal crise, o diretor-técnico Geoffrey Willis deixou de ir aos autódromos. A cúpula da equipe mandou que ele voltasse às pranchetas, na fábrica, para tentar descobrir o que está acontecendo. Dizendo-se profundamente decepcionado pelo resultado em casa, Button disse que muita coisa precisa ser melhorada no carro e Rubinho afirmou que algo preciso ser feito rapidamente. Para os japoneses que sonhavam com uma luta pelo título, nada pior do que assistir a esta fase de "resultados magros" e ao mesmo tempo ver de camarote o total domínio da Renault e de Fernando Alonso.