segunda-feira, março 20, 2006

Renault impõe supremacia e Briatore acredita em disputa interna pelo título

O Mundial 2006 da Fórmula 1 iniciou no Bahrein, com ares de campeonato bem disputado e equilibrado das primeiras até as últimas etapas do certame. No entanto, indo de encontro a esse contexto, a Renault surge com status de ‘‘time a ser batido’’. Até aí, sem problemas. No entanto, a supremacia estabelecida pela equipe francesa no GP da Malásia impressionou até mesmo a cúpula interna do time. Diante desta situação, o chefão Flávio Briatore já começa a vislumbrar a possibilidade de assistir a uma briga interna pelo título.
De um lado, Alonso, atual campeão do Mundo, não pensa em outra coisa a não ser buscar o seu Bicampeonato, na temporada em que se despede do time (o espanhol já tem contrato assinado com a McLaren para o próximo ano). Do outro lado, Fisichella parece ter ganho força após a corrida deste fim de semana. É bem verdade que o italiano precisará fazer muito mais para contar com o apoio maciço do time, mas a etapa em Sepang - em que largou na pole e foi soberano durante as 57 voltas - foi um bom começo para quem luta se manter na equipe no ano que vem.
Para Briatore, que deverá se despedir da Renault no fim do ano, nada melhor do que a equipe se manter no lugar mais alto do pódio. Para o playboy, o importante é conquistar os dois títulos (pilotos e construtores), independente de quem seja o piloto campeão. Neste sentido de disputa, a rivalidade entre Alonso e Fisico certamente deve ter crescido após este fim de semana. Afinal de contas, após ser perguntado com quem se preocupava na luta pelo título, o líder Alonso citou apenas Schumacher e Raikkonen, esquecendo-se do companheiro de equipe. Um tanto indignado, Fisichella disse, em plena coletiva de imprensa após a corrida, que está ali para justamente fazer Fernando mudar de idéia. A disputa pelo campeonato parece mesmo estar apenas começando.