O alemão Michael Schumacher chegou aos Estados Unidos dizendo que na prova de Indianápolis, a Ferrari poderia estar dando seu "último tiro" na disputa pelo título. O heptacampeão enfatizou que se quisesse seguir na luta pelo oitavo campeonato, teria de vencer e vencer, não podendo sequer pensar em outro resultado. E o fim de semana foi de sonhos para Schumacher. O piloto não só fez a pole, venceu e registrou a melhor volta da prova, como ainda contou com a ajuda fundamental do brasileiro Felipe Massa, que completou na segunda posição, fazendo a primeira dobradinha do time italiano em 2006. Para melhorar, em detrimento do bom desempenho do time de Enzo Ferrari, equipado dos eficientes pneus Bridgestone, Renault e companhia acabaram naufragando, com pneus muito aquém das expectativas.
Após o boicote promovido à etapa norte-americana em 2005, era fácil de se imaginar que a Michelin não levaria pneus com desempenho parecido aos Bridgtesone. E não deu outra. Preocupados em restabelecer sua imagem no mercado americano, a empresa francesa tratou de disponibilizar para seus times pneus mais "conservadores", que em nenhum momento possibilitaram a Alonso e companhia a luta pela vitória com Schumacher e Massa. O resultado não poderia ser mesmo outro. Giancarlo Fisichella conseguiu um terceiro lugar lutado e Alonso sucumbiu ao mau desempenho de seu carro, chegando apenas na quinta posição. Pior do que o resultado, para o espanhol a maior preocupação foi ver a vantagem na classificação cair seis pontos. Agora, Fernando tem 88 pontos diante de 69 de Schumacher.
Além do pódio de Massinha - 2ª colocação, melhor resultado do brasileiro em toda sua carreira na F-1 - a torcida em Indianápolis ainda viu Rubens Barrichello concluir em sexto. Para um time com tantas pretensões nos testes de pré-temporada, contentar-se apenas com posições que possibilitem somar pontos parece pouco e bastante inexpressivo. Ao menos, Barrichello empata com o companheiro Jenson Button na tabela de classificação. Agora, ambos os pilotos da Honda somam 16 pontos.
Sobre a corrida, vale a pena comentar sobre o acidente da largada que tirou o piloto da casa, Scott Speed - para decepção da torcida local - e que levou Nick Heidfeld a capotar nada nenos do que quatro vezes. O culpado, o colombiano Juan Pablo Montoya tratou de se defender. A McLaren também considerou o ocorrido um acidente normal de corrida, mas o sul-americano pode até mesmo ficar de fora da próxima prova, o GP da França, marcado para o próximo dia 16, no circuito de Magny-Cours.
Curiosamente, trata-se da casa da Michelin e a da Renault, parceiras que certamente buscarão restabelecer "a verdade" do Mundial. Pelo menos, este é o discurso de Alonso. O espanhol ressaltou em Indianápolis, que a Renault teve um grande desempenho em nove das dez etapas do Mundial e que certamente, a prova francesa marcará a volta do domínio do time francês. A estréia marcada de um novo motor além de um atualizado pacote aerodinâmico podem representar uma nova ascensão da Renault. No entanto, a terceira vitória de Schumacher no ano serviu para reascender a disputa do título, que parecia fadada ao fracasso, diante do domínio inconstestável de Alonso nas últimas quatro provas. Agora, vamos aguardar e observar, é claro!
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