F-1: Michelin corre de luto pela morte de seu presidente, Edouard Michelin

A Michelin está de luto. O presidente da fabricante francesa de pneus, Edouard Michelin, morreu nesta sexta-feira. O dirigente afogou-se após o naufrágio do barco de pesca em que estava, próximo à ilha de Sein, no nordeste da França. Edouard tinha 43 anos e navegava junto com o presidente do comitê de pesca da cidade de Audierne, Guillaume Normant — que segue desaparecido e sendo procurado pelas equipes de salvamento. A polícia local disse que as circunstâncias da morte ainda são desconhecidas.

Michelin nasceu na capital francesa (Paris) em 1963, e lá se formou em Engenharia, em 1985. Começou como administrador da fábrica de Pey-en-Velay, na França, e depois foi diretor-executivo da fábrica na América do Norte. Edouard mostrava-se descontente com o andamento das coisas na F-1, principalmente depois dos acontecimentos do GP dos EUA no ano passado, do qual a Michelin não participou, e após Max Mosley decidir transformar a categoria monomarca de pneus. A fabricante, assim, anunciou sua saída para o fim deste ano.

Crítico declarado da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Edouard afirmava que a provável saída da fábrica da F-1 se devia principalemnte pelo resultado de profundas diferenças filosóficas entre a postura da Michelin e a maneira como a Fórmula 1 vinha sendo gerida por suas autoridades. Michelin exigia que existisse transparência entre as partes, para que investimentos futuros pudessem ser justificados, e nos últimos meses, até cogitava a permanência da empresa caso algo fosse moficado na categoria. A Michelin divulgou uma nota confirmando a morte de Edouard e informou que o diretor-executivo Michel Rollier assumirá a presidência da empresa.